Briga entre palmeirenses faz Luxa detonar a nova geração de jogadores

Para técnico, atletas não sabem tirar proveito da liberdade que têm e são cada vez mais marrentos. 'Jogador já chega dos juniores peitando o técnico'

A troca de sopapos entre Obina e Maurício, do Palmeiras, durante o intervalo do jogo contra o Grêmio, é a culminação da excessiva liberdade que os jogadores ganharam nos últimos anos. Essa é a opinião do técnico Vanderlei Luxemburgo, do Santos, que dirigiu o Verdão até junho. Luxa diz que, hoje em dia, os jogadores não se respeitam mais.

O treinador diz que a Lei Pelé, que acabou com o passe no Brasil, é um avanço, mas diz que os atletas não sabem tirar proveito correto da liberdade que ganharam. Luxa nota excesso de individualismo e falta de comprometimento dos jogadores com o clube, companheiros e técnicos.

- Há falta de preparo profissional e uma proteção muito grande aos jogadores. Eles não respeitam mais nada. Estão sempre enfrentando alguém, seja imprensa, seja torcida, seja o treinador. O empresário protege e fala para o atleta não se preocupar, para ficar à vontade, pois amanhã ele pode ir para o Corinthians, Palmeiras, Santos - comentou Luxa.

Luxemburgo diz que essa “marra” não é mais exclusividade dos medalhões. O treinador nota isso até entre jogadores jovens. - Tem jogador já chega dos juniores (sub-20) peitando o treinador, dizendo que tem de jogar e tudo mais.Sobre a briga de Obina e Maurício, o técnico admite que já viu discussões ríspidas dentro de campo e até alguns safanões dentro do vestiário. No entanto, garante que nunca havia presenciado uma cena como a protagonizada pelos palmeirenses. - Foi algo muito grave. Discussões acontecem a todo tempo, mas dois jogadores do mesmo time chegarem às vias de fato dessa forma, dentro de campo, eu nunca tinha visto

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