Argentino não seguirá no Peixe em 2020; diretoria tem pressa para acertar com novo treinador e espera continuidade ao trabalho do argentino
Por Globoesporte
O Santos começará a intensificar nesta quarta-feira a busca por um novo treinador após confirmar a saída de Jorge Sampaoli.
Ciente da grande possibilidade de perder Sampaoli – a não continuidade do técnico era considerada iminente há tempos –, o Santos já vinha analisando nomes no mercado, mas não chegou abrir negociações. Apesar do incômodo com as várias exigências e da má relação entre o argentino e a diretoria, o clube ainda tentava mantê-lo para 2020.
Agora, com o adeus de Sampaoli confirmado, o Santos vai ao mercado. Como o presidente José Carlos Peres já deixou claro, o Peixe vive problemas financeiros e não está disposto a investir pesado. A intenção, porém, é ter perfil parecido com o do argentino: um técnico que mantenha o estilo ofensivo e aproveite jogadores formados na base.
José Carlos Peres, presidente do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC
A decisão sobre o novo comandante será tomada pelo departamento de futebol, encabeçado pelo presidente José Carlos Peres e com auxílio do diretor técnico William Thomas, que assumiu a função de superintendente de futebol interinamente após a saída de Paulo Autuori.
A tendência é de que o Santos siga apostando num técnico estrangeiro, mas isso não é uma obrigação. Mas Peres costuma olhar e gosta de apostar em nomes do mercado externo.
Antes de contratar Sampaoli, o Peixe teve negociação avançada com o também argentino Ariel Holan, nome que agrada ao mandatário. Outras opções de gringos no mercado são Miguel Ángel Ramírez, atualmente no Independiente Del Valle, Sebastián Beccacece (ex-auxiliar de Sampaoli), José Pékerman e Juan Carlos Osorio, todos sem clube.
Além de Sampaoli, o Santos também pode perder alguns profissionais que chegam ao clube por indicação do argentino: o gerente de futebol Gabriel Andreata, os auxiliares Jorge Desio e Carlos Desio, os preparadores físicos Pablo Fernández e Marcos Fernández, e o analista de desempenho Felipe Araya.
O Peixe tem pressa para a contratação de um novo treinador para não comprometer ainda mais o planejamento para 2020 e começar a montagem do elenco. A estreia oficial do Peixe no ano que vem será no dia 22 de janeiro, contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista.
Uma questão ainda indefinida é sobre a multa rescisória de Sampaoli. Ele tinha contrato válido até o fim de 2020, mas há tempos indicava que não ficaria no clube na próxima temporada.
Jorge Sampaoli não é mais técnico do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC
O acordo original previa multa de rescisão de R$ 10 milhões. Sampaoli pediu que a cláusula fosse retirada do acordo, mas Peres, quando questionado sobre o assunto, negou que o pedido tenha sido atendido. O treinador se recusou a responder, alegando "confidencialidade". Há, porém, quem garanta que a cláusula é válida até o fim deste ano.
O Santos, em nota, alega que o técnico pediu demissão na reunião que teve com Peres na última segunda-feira e que entregou o caso aos departamentos jurídico e de recursos humanos. Na conversa, Sampaoli também havia pedido para o Peixe tirar a cláusula de rescisão de seus auxiliares, no valor de cerca de R$ 3 milhões, e teve solicitação recusada.
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