No ano passado, mudanças no comando quase fizeram o time ser rebaixado para a Série BEmbora Vagner Mancini entre pressionado no clássico de domingo, contra o Palmeiras, ele tem a seu favor o apoio dos que repudiam a troca de treinador neste momento. Essa ala - em menor número do que a que defende a demissão - dentro do Santos entende que as mudanças no comando foram as causas dos problemas no Brasileiro de 2008, quando o Peixe lutou até as últimas rodadas contra o rebaixamento.
E é exatamente aí que entra o dilema de Marcelo Teixeira. Esperar demais e perder a oportunidade de ao menos oferecer um projeto a Muricy Ramalho pode ser danoso no futuro. Conselheiros entendem que Mancini pode até escapar da demissão contra o Palmeiras, mas que sempre viverá na corda bamba no clube.D emitir o treinador agora fará o mandatário santista se lembrar dos erros cometidos em 2008.
Ele não esconde de ninguém que o planejamento do Santos não foi bem feito. Emerson Leão durou apenas três jogos do Nacional do ano passado no comando do Alvinegro. Ele pediu demissão após a derrota por 4 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão. Foi exatamente nesse momento que Teixeira tentou tirar Muricy Ramalho, desejo atual, do São Paulo. Como não conseguiu, ouviu pessoas próximas e resolveu buscar Cuca.
A passagem do treinador pela Vila Belmiro foi muito ruim. Conseguiu vencer apenas três partidas em 14 disputadas no período. Sentindo a pressão, pediu demissão. Logo depois, Márcio Fernandes, que era treinador das categorias de base do clube, assumiu em seu lugar e salvou o Peixe da degola. Ele suportou a pressão até o início do Paulista, quando foi demitido, após derrota por 1 a 0 para o Marília.
Um dos temores dos dirigentes santistas é de que o clube perca credibilidade no mercado com as seguidas demissões de treinadores. Nos últimos anos, Teixeira gabava-se pela sequência dos técnicos.Se Mancini viverá com a sombra de Muricy até o fim da semana, a diretoria terá pesadelos com as lembranças do sofrimento em 2008.
Lancepress!
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