terça-feira, 23 de setembro de 2014

Completando cinco anos de Santos, Dracena quer ficar até fim da carreira

Zagueiro e capitão do Peixe fala dos seis títulos que conquistou pelo clube e também analisa o atual momento da equipe: "Precisamos acreditar mais na gente"

É cada vez mais difícil encontrar um jogador plenamente identificado com o seu clube no Brasil. Num tempo de contratos curtos e saídas frequentes para o exterior, o zagueiro Edu Dracena, do Santos, é uma exceção. O jogador completou cinco anos atuando pelo Peixe no último domingo, no mesmo dia em que foi poupado da partida contra o Figueirense. Mesmo assim, ele foi homenageado no intervalo da vitória por 3 a 1.

Nesses cinco anos, o capitão conquistou três títulos paulistas, uma Copa do Brasil, uma Libertadores (que considera a maior conquista de sua carreira) e uma Recopa Sul-Americana. Um retrospecto bastante muito positivo, que, na média, representa mais de um título por ano. Apesar disso, o zagueiro se mostra incomodado. O último título conquistado pelo Alvinegro foi o Paulistão 2012. São dois anos sem conquistas. Para Edu, mal acostumado, uma eternidade.

- Entendemos a cobrança pela grandeza que o Santos representa para o futebol mundial, não só para o brasileiro. Chegamos bem perto do Campeonato Paulista (o Peixe foi vice-campeão estadual neste ano). Nunca esperávamos perder para o Ituano. São situações estamos lidando e tomara que possamos dar a volta por cima.


A frustração do zagueiro em relação à final contra o Ituano no Campeonato Paulista deste ano não é à toa. Edu Dracena se lesionou no início de janeiro e só pôde voltar aos gramados em agosto. O capitão, que levantou quatro taças dos seis títulos conquistados pelo Santos neste período (entre elas, a da Libertadores de 2011, o mais significativo) sentiu a agonia de estar do outro lado do campo sem poder fazer o que mais gosta.

- (O futebol) é o que me satisfaz, é a minha alegria. Ficar fora dos treinamentos, dos jogos e das concentrações, daquela adrenalina de um jogo decisivo, é muito dolorido. De uma forma ou de outra, sempre procurei estar junto do time. Estive na Vila Belmiro em todos os jogos que o Santos disputou no período. Nas duas finais (contra o Ituano), eu ficava no vestiário. Eu vivenciei o que o torcedor vivencia, sofrendo bastante, vendo o time não conquistar seu objetivo. É diferente. Você prefere estar dentro de campo para ajudar. 

Sobre o momento atual da equipe, Dracena não acredita no título do Campeonato Brasileiro desta temporada, mas crê no potencial da equipe para ficar entre os primeiros e até mesmo numa conquista da Copa do Brasil, garantindo uma vaga para a Libertadores 2016.


- O Enderson (Moreira, atual técnico do Santos) diz que precisamos jogar intensamente os 90 minutos. Não adianta se esforçar em 30, 40 minutos. Temos uma ótima equipe. Mas precisamos acreditar mais em nós mesmos.

Com 17 gols pela equipe e a três de se tornar o maior zagueiro artilheiro do Santos, Edu Dracena tem contrato com o clube até dezembro do ano de 2015. 

- É lógico que o futuro a Deus pertence, mas estou muito feliz aqui. Todo mundo em Santos me recebeu muito bem. Minha família foi muito respeitada. Mesmo se acontecer de eu não jogar mais no Santos, pretendo morar na cidade. A rotina de poder levar meu filho na escola e tudo mais me agrada. Uma cidade com ares de interior com praia, gosto bastante. Tudo que eu fazia lá em Dracena posso fazer em Santos, mas podendo ir à praia na folga - completa.

Globoesporte.com

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