A atuação de gala do Brasil no Maracanã, neste domingo, deu a Neymar, pela primeira vez, o título de melhor jogador em um grande torneio defendendo a seleção brasileira. O atacante recebeu a Bola de Ouro da Copa das Confederações, dada ao melhor do evento. Iniesta, da Espanha, foi a Bola de Prata. O brasileiro Paulinho ganhou a Bola de Bronze.
É a quinta vez que um brasileiro conquista esse título em sete oportunidades – a Fifa considera esta a nona edição da Copa das Confederações, mas nas duas primeiras, em 1992 e 1995, não foi eleito o melhor da competição.
Foi, também, a terceira vez que um brasileiro ganhou a disputa em sequência. Na África do Sul, em 2009, o melhor foi Kaká. Na Alemanha, em 2005, foi a vez de Adriano. Antes deles, Denílson foi eleito em 1997 (quando o torneio foi realizado na Arábia Saudita) e Ronaldinho Gaúcho, em 1999 (no México).
O título de Neymar consolida o domínio do Brasil na premiação individual. Julio Cesar recebeu a Luca de Ouro como melhor goleiro. Fernando Torres levou a chuteira de ouro, como artilheiro do torneio, com cinco gols. Mas Fred recebeu a chuteira de prata (por também ter marcado cinco vezes) e Neymar, com quatro gols, a de bronze.
Além disso, a Espanha ganhou o prêmio de Fair Play - apesar da expulsão de Piqué neste domingo.
Terceira Bola de Ouro para jogador de clube brasileiro
O título de Neymar também confirma que, na Copa das Confederações, não vale a máxima "para ser o melhor do mundo, tem de jogar na Europa". O atacante brasileiro recebeu a Bola de Ouro sem nunca ter defendido um clube europeu na carreira. É a terceira vez que isso acontece.
É verdade que Neymar já foi apresentado no Barcelona, mas ainda não estreou pelo clube catalão. Suas conquistas, até agora, foram frutos de seus esforços por Santos e seleção brasileira. Antes dele, Denílson e Ronaldinho Gaúcho já tinham conquistado o feito em trajetória parecida.
Em 1997, no primeiro ano em que a Copa das Confederações elegeu um Bola de Ouro, o melhor do torneio foi a revelação brasileira do momento. Denílson tinha 20 anos na época e ainda jogava pelo São Paulo – sua venda para o Bétis, até hoje uma das mais caras da história do futebol brasileiro, aconteceu apenas no ano seguinte.
Em 1999, o vencedor do prêmio era ainda mais novo. Então com 19 anos, Ronaldinho Gaúcho marcou seis vezes no torneio, igualando a marca de Blanco, do México, e Al Otaibi, da Arábia Saudita. Na ocasião, o dentuço era revelação do Grêmio. Ele só saiu do clube gaúcho em 2001, para atuar no PSG – em transferência polêmica que o deixou queimado com a torcida.
Uol Esporte
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