Ex-treinador da Seleção admite que dupla santista pode fazer a diferença na Copa América, mas não se arrepende de não tê-los levado para Mundial
O clichê do futebol diz que o mundo da bola dá voltas. E como dá. Estão aí Neymar e Ganso, que não deixam ninguém desmentir a máxima.
Xodós do futebol brasileiro há algum tempo, ambos foram relegados há um ano e ficaram fora da Copa do Mundo da África do Sul. Doze meses depois, porém, estão na Argentina, assumindo com personalidade a função de figuras principais da Seleção Brasileira.
E agora, sim, podem bater no peito e dizer: são unanimidades. Com o aval até mesmo de Dunga, que considerou prematura a presença deles no Mundial de 2010.
- É um ano depois. Muitas coisas mudaram. Os jogadores adquiriram experiência, jogaram Libertadores. É uma situação totalmente diferente. Agora é o momento deles - disse Dunga nesta sexta-feira, véspera do aniversário de um ano da eliminação do Brasil para a Holanda, em Porto Elizabeth, pelas quartas de final da Copa do Mundo.
O ex-treinador da Seleção está em Manaus para se reunir com os companheiros da equipe que conquistou o tetra, em 1994, para uma partida de exibição antes da final da segunda Copa dos Bairros da capital amazonense. Ao lado de Bebeto, Romário & cia., Dunga deixou de lado até a fisionomia séria que o acompanhou nos quatro anos de amarelinha, e encarou de peito aberto os microfones para relembrar a conturbada passagem pela equipe nacional.
Em entrevista ainda no aeroporto e depois em uma coletiva, reforçou, como de costume, as conquistas no período pré-Copa, não se mostrou arrependido de qualquer decisão tomada, mas admitiu que o trabalho tomaria rumos diferentes caso continuasse no comando.
- Se não ganhamos, alguma coisa devia ser mudada. Se continuássemos insistindo no que perdeu, era sinal de que não tenho inteligência. Não teve errado, foram circunstâncias do futebol. Mas a partir do momento que perdemos, deveria tentar fazer alguma coisa de diferente.
Sem trabalhar desde que deixou o comando da Seleção, Dunga confirmou ter recebido propostas de clubes e seleções do exterior. Entretanto, não as aceitou por “não ser o momento certo”. O desejo, por sua vez, é voltar a exercer a função em breve.
Enquanto isso não acontece, continua com a família e cuidando de negócios no Rio Grande do Sul, além de acompanhar, à distância, a equipe do Brasil. Sem entrar em detalhes, o treinador evitou fazer análises do trabalho de Mano Menezes, mas lembrou:
- Temos novos valores. Dois jogadores que fazem a diferença.
Quais seriam?
Globoesporte.com
Foto: Cahê Mota
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