Maratona de jogos faz mais vítimas no Santos

Depois do volante Adriano, Danilo e Alex Sandro deixam o campo na vitória sobre o América-MG lesionados

Para atenuar as dificuldades de um calendário apertado, o Santos tem adotado postura de pedir o adiamento de algumas partidas do Brasileirão.

Foi assim contra Corinthians e América-MG, jogos em datas muito próximas das finais do Peixe contra o Peñarol (URU) na Copa Santander Libertadores.

Até agora, o clube conseguiu adiar os confronto contra o Fluminense, que aconteceria originalmente na próxima quarta-feira, e contra o Grêmio, previsto para o dia 24 de julho.

Se depender dos jogadores do Santos, a diretoria deve manter a opção pelos adiamentos. Neste sábado, após a vitória sobre o América-MG por 1 a 0, Danilo e Alex Sandro deixaram o campo com lesões na coxa direita. Para o goleiro Rafael, remarcar as partidas pode beneficiar o grupo diretamente.

- Para a gente, adiar partidas é muito bom. Alex Sandro sentiu, Danilo, Leo também, é tudo por causa disso. Temos elenco curto, e aí temos nos sacrificado - sustentou o camisa 1.

- Sabia que ia ser assim. Depois dessa sequência grande jogos, nós cansamos no final. Sabíamos que se estivesse 1 a 0 teríamos que segurar pelo cansaço. Agora temos uma semana para descansar - completou.

Para o preparador físico do Santos, Ricardo Rosa, as lesões já estavam previstas, por causa do calendário longo.

- Era um risco já previsto (de contusões). Agora a gente tem essa semana toda para trabalhar. Vamos tentar equilibrar essa situação. Aliviar para os que vem jogando direto e acelerar o ritmo para os que não tem jogado. Vamos conscientizar para termos todos em condições.

- Vamos juntar os cacos para formar a equipe para jogar o clássico contra o Palmeiras - afirmou o atacante Borges.

Na coletiva de imprensa após a partida, até o técnico Muricy Ramalho brincou com a situação.
- Não tenho time para enfrentar o Palmeiras. Eu, Tatá (auxiliar técnico), você (jornalista). Pelas contas que eu fiz, não tenho onze (risos).

O Peixe, ao contrário dos rivais no Brasileirão, vinha jogando duas vezes por semana: às quartas, pela Copa Santander Libertadores, e aos finais de semana, pelo Nacional. Em junho, por exemplo, o Alvinegro da Vila Belmiro atuou seis vezes (três pelo Brasileiro e três pela competição continental), enquanto o Corinthians jogou quatro. E o Peixe só não entrou em campo por mais duas oportunidades porque adiou as partidas contra o próprio Corinthians (para o dia 10 de agosto) e América-MG (jogo realizado neste sábado).

Em maio, a situação foi ainda mais discrepante. O Santos jogou oito vezes, enquanto o Palmeiras, por exemplo, só foi à campo em cinco oportunidades. É que além de disputar as fases finais da Copa Libertadores, o Alvinegro Praiano também entrou em campo nas finais do Campeonato Paulista.

Lancepress