A linda vista para o Rio da Prata, na orla de Montevidéu, desde a ampla cobertura de Rodolfo Rodriguez, no Bairro Pocitos, é um convite irrecusável à contemplação e a uma boa comida. E disso o ex-goleiro de Nacional, do Uruguai, Santos, Sporting, de Portugal, Portuguesa e Bahia, entende tanto como as defesas feitas ao longo da carreira de 18 anos.
Sorte da mulher Solange, eternamente despreocupada com o assunto nas muitas recepções informais de grupos de amigos.
"Sou quase tão bom cozinheiro quanto goleiro. Adoro cozinhar. Morar sozinho me fez aprender. Gosto de fazer churrasco, peixe, bacalhau e feijoada. Todos comem. Não sei se é bom ou ruim, mas não sobra nada”, conta Rodolfo, feliz por mostrar seus armários com temperos do mundo inteiro e como afiar facas alivia a tensão de qualquer um. “É mais barato que qualquer psicólogo", emenda, aos risos.
No entanto, não foi para falar essencialmente de culinária e seus derivados que o ex-goleiro do Peixe, pai de três filhos e com uma fazenda em Durazno, a 228 km de Montevidéu, recebeu a reportagem de A Tribuna em seu apartamento. Havia, porém, uma receita a ser dada por Rodolfo Rodriguez: a de como o Santos pode bater o Peñarol e conquistar o tri da Libertadores sem o molho desandar. A comida e os talheres, ou melhor, as dicas estão sobre a mesa.
Confiança e certeza
"O mais forte do Peñarol é o aspecto moral. Estão acreditando que vão ganhar. E sabem que é uma chance única. E tem toda a pressão do Estádio Centenário. No futebol, o Santos é bem superior e têm bons jogadores, mas a Libertadores tem uma história. Tem que estar concentrado para ganhar. Os santistas precisam ter consciência que, até este momento, é o jogo mais importante de suas carreiras. O Peñarol irá explorar as bolas aéreas e as faltas laterais.
O contra-ataque é rápido com o Martinuccio; o centroavante (Olivera) não tem grande mobilidade, mas é inteligente e bom de cabeça. O lateral-direito e os meias chegam bastante, além da defesa estar firme. O Peñarol não fará nada diferente, mas mesmo com o que, aparentemente, não é muito, chegou à final e se torna um adversário de risco", detalha o ex-goleiro.
Outro que está no caderno de receitas, ou melhor, a lista de observados por Rodolfo Rodriguez é o goleiro Rafael. "Ele transmite tranquilidade e confiança mesmo sem quando não está em um dia bom. Não se apavora nem é nervoso. Tem muito futuro".
Em Neymar, o ex-goleiro encontra a alegria sem egoísmo. "Ele enfeita um pouco, mas ninguém nunca sabe para onde ele vai sair, nem o que vai fazer. É divertido, faz gol e desequilibra qualquer time, futebolística e psicologicamente falando".
Outro que está no caderno de receitas, ou melhor, a lista de observados por Rodolfo Rodriguez é o goleiro Rafael. "Ele transmite tranquilidade e confiança mesmo sem quando não está em um dia bom. Não se apavora nem é nervoso. Tem muito futuro".
Em Neymar, o ex-goleiro encontra a alegria sem egoísmo. "Ele enfeita um pouco, mas ninguém nunca sabe para onde ele vai sair, nem o que vai fazer. É divertido, faz gol e desequilibra qualquer time, futebolística e psicologicamente falando".
A Tribuna
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