segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Rollo diz que futebol do Santos está "blindado" de crise política e defende legalidade de atos

Vice aproveita suspensão de presidente, assume a cadeira e muda administração do clube; Peres não reconhece medidas tomadas por adversário

Por Globoesporte.com

O vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, afirmou que o departamento de futebol do clube está "blindado" da crise política na Vila Belmiro. Nesta segunda, ele reassumiu o cargo e aproveitou suspensão do presidente José Carlos Peres, seu adversário, para tomar o controle do clube.

Rollo estava licenciado da função desde janeiro. Ele voltou ao clube nesta segunda, momento em que Peres cumpre suspensão de 15 dias imposta pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por críticas à arbitragem.

O vice entende que a decisão do tribunal abre brecha para que ele assuma temporariamente a presidência do Santos. Assim, determinou o afastamento de quatro membros do Comitê de Gestão do clube, órgão que administra o clube, e os trocou por quatro conselheiros de sua confiança.

Orlando Rollo em entrevista na Vila Belmiro nesta segunda — Foto: Reprodução

José Carlos Peres não reconhece as ações. Para o presidente, a sanção do STJD se restringe ao âmbito esportivo, sem afetar a administração direta do clube.

Rollo afirmou que o departamento de futebol não será prejudicado pela disputa com Peres:

– O futebol está blindado. Entramos em contato com a direção de futebol e passamos para eles que esse problema é exclusivamente no que tange à parte administrativa, não havendo ingerência no futebol – afirmou Rollo em entrevista na Vila Belmiro.

Houve confusão no estádio do Santos. O vice convocou a imprensa para entrevista coletiva que, a princípio, seria concedida na sala da presidência. A segurança do clube, porém, vetou a entrada da imprensa, e Rollo atendeu aos jornalistas em um dos portões da Vila Belmiro.

O vice-presidente defendeu a legalidade de seus atos:

– Ele (Peres) está suspenso de todas as atribuições. Eu gostaria de permanecer licenciado, e o Conselho determinou meu retorno. Por mim, estava ainda afastado, porque não tenho condições de trabalhar ao lado do Peres. Ele realiza uma gestão temerária, e não quero fazer parte dessa gestão.

A posição foi reforçada pelo advogado Wladimir Camargos, que defende Rollo.

– O atual código brasileiro de justiça desportiva diz, no artigo 172, que as suspensões contra dirigentes valem para todas as esferas da gestão. Em um clube de futebol, todas as ações têm reflexo no futebol. A decisão do STJD tem valia em todos os atos de gestão do Santos, incluindo a proibição de assinar documentos.

Peres não reconhece a gestão de Rollo. Em documento enviado ao Conselho Deliberativo, diz que o vice interpreta equivocadamente a decisão do STJD e que tenta "tomar de assalto" a presidência do clube. No papel, pede que o Conselho desconsidere as medidas anunciadas por Rollo.

2 comentários:

:.tossan® disse...

Tá dando Rolo de novo na Vila, Esse Rolo mostra por si mesmo que não vale nada! Já reparou que todo vice é um fdap e quer o poder de qualquer jeito?!

:.tossan® disse...

Ah, esqueci de perguntar, quem é o presidente do conselho? Pois é, foi ele que deu a ordem de Rolo voltar e fazer merda.