No reencontro com Montillo, o Cruzeiro não levou vantagem sobre o Santos, em jogo que terminou empatado sem gols, na tarde deste domingo, no Mineirão. Dessa forma, o time celeste deixou de seguir com 100% de aproveitamento e desperdiçou a chance de abrir dois pontos em relação ao Botafogo. Apesar disso, beneficiado pela derrota do Coritiba para o Vasco, por 1 a 0, o time celeste lidera, com os mesmos 25 pontos do time botafoguense, mas com melhor saldo de gols. O Santos, por sua vez, completou quatro jogos sem triunfo e teve o segundo empate seguido após a goleada por 8 a 0 para o Barcelona
O temor da diretoria do Cruzeiro de que alguns torcedores cumprissem a ameaça feita por redes sociais de atirar moedas em Montillo, quando o argentino entrasse no gramado, em represália ao fato de o jogador ter optado em deixar o clube no início da temporada, não se confirmou. O atual camisa 10 santista, no entanto, foi vaiado sempre que tocava na bola, especialmente no começo da partida. Aos poucos, o ímpeto do torcedor celeste diminuiu um pouco.
Sem Everton Ribeiro, suspenso pelo terceiro amarelo, Marcelo Oliveira optou pelo argentino Martinuccio, que vinha entrando aos poucos após se recuperar de longa lesão. O volante Nilton, que ficou fora na vitória sobre o Criciúma, está de volta ao time. No Santos, que não vende há três partidas pelo Brasileiro e que sofreu a goleada para o Barcelona, por 8 a 0, o técnico Claudinei Oliveira coloca Mena na lateral esquerda e Henrique no ataque, na vaga de Willian José, suspenso.
A partida foi equilibrada. No primeiro tempo, o Santos teve maior posse de bola, mas o Cruzeiro chegou a fazer dois gols, ambos anulados, por impedimentos dos seus autores, Vinícius Araújo e Ricardo Goulart, respectivamente. Na etapa final, a equipe cruzeirense esteve mais presente no campo de ataque, mas continuou falhando nas finalizações. Quando acertou a pontaria, casos de Borges e Goulart, o goleiro Aranha defendeu.
O jogo começou movimentado, com os dois times atacando. Comandado por Montillo, no início do primeiro tempo, foi o Santos que teve a primeira chance de gol, logo aos 2 min, quando Mena cruzou da esquerda e Henrique cebeceou e obrigou o goleiro Fábio a fazer difícil defesa. As bolas altas sobre a área celeste era estratégia santista, que teve de fazer uma substituição, logo aos 6 min. Arouca sentiu problema médico e deixou o campo, logo depois de levar cartão amarelo, para a entrada de Alan Santos.
O Cruzeiro, que procura encurralar o adversário, nos jogos no Mineirão, desde os minutos iniciais, não conseguiu implantar essa estratégia. A equipe visitante, estava bem posicionada em campo e, mesmo após a saída de Arouca, conseguiu evitar a pressão dos donos da casa. Além disso, o Santos encaixava alguns bons contra-ataques, quase sempre iniciados por Montillo, que jogava com grande vontade e movimentando-se bastante.
A equipe celeste tinha dificuldades para escapar da marcação santista, que demonstrava estar bem organizado em campo. Em alguns momentos da etapa inicial, a partida ficou excessivamente truncada e muito perde e ganha entre jogadores dos dois times. O Cruzeiro chegou a colocar uma bola nas redes adversárias, aos 26 min, com Vinícius Araújo, mas não valeu, pela marcação de impedimento do atacante.
O Santos levava até mais perigo do que o Cruzeiro. Nas cadeiras do Mineirão, a torcida sentia a atuação ruim e não conseguia empurrar o time. Muitos torcedores santistas, por sua vez, só entraram no estádio por volta dos 35 min da primeira etapa, mas demonstraram entusiasmo e chegaram gritando forte. Os cruzeirenses se animaram, aos 42 min, quando Egídio cobrou falta da esquerda e Ricardo Goulart fez o gol, que também foi anulado. A equipe mineira ainda ensaiou uma pressão, mas o gol não saiu nessa etapa.
Para Montillo, o Santos esteve melhor do que o Cruzeiro no primeiro tempo. “A posse de bola foi nossa. Ao meu critério jogamos melhor, tivemos chance no início. Temos que caprichar mais para fazer o gol”, observou o meia santista. O lateral esquerdo Egídio, por sua vez, preferiu destacar a qualidade do adversário, que, segundo ele, “tem excelente jogadores e elenco forte”. “Para vencermos vamos precisar acertar o último passe”, comentou.
Os dois times voltaram com as mesmas formações que terminaram o primeiro tempo. E o Cruzeiro começou em cima, pressionando o adversário. Conseguiu de cara dois escanteios e, aos 2 min, Ricardo Goulart, livre, desperdiçou grande chance para abrir o marcador. O time de Marcelo Oliveira retornou ‘ligado’ para a etapa final, tentando acuar o Santos.
Após resistir à pressão dos primeiros minutos, o Santos voltou a contra-atacar. Aos 9 min, Montillo passou como quis por Egídio e cruzou bem, tentando Neílson, mas o lateral direito Mayke fez o corte. Por volta dos 15 min, Marcelo Oliveira fez duas alterações no time celeste, tirando Vinícius Araújo e Martinuccio para as entradas de Borges e Élber.
A saída do argentino foi vaiada pela torcida celeste. Logo depois, Luan deixou o gramado vaiado para a entrada de Lucca. Na base da vontade, o Cruzeiro aumentou a pressão. Aos 31min, Ricardo Goulart foi servido por Borges, mas chutou fraco e Aranha pegou. A torcida cruzeirense voltou a impulsionar o time em busca do seu gol. Os minutos finais foram de pressão celeste, mas o Santos resistiu bravamente. “O Santos jogo de igual para igual com o líder da competição", valorizou o zagueiro Edu Dracena. “Infelizmente, não foi o meu dia, tive oportunidades, mas não saiu o gol”
Uol Esporte
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