Santos marca três gols, mas só um valeu. Os outros dois foram mal anulados. Montillo teve a chance do empate, mas jogou pênalti para fora
Borges, sempre ele. O artilheiro do Campeonato Brasileiro marcou seu 16º gol neste sábado, na vitória santista sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, pela 23ª rodada da competição nacional. Na verdade, o goleador marcou dois gols legítimos. Só um valeu. O outro foi anulado por impedimento inexistente. Aliás, não foi só o camisa 9 quem teve um gol legal não marcado. O zagueiro Edu Dracena também marcou o seu. Estava em posição normal, mas não pôde comemorar. A Raposa ainda perdeu um pênalti desperdiçado. Montillo cavou, bateu e mandou para fora.
Com o resultado, o Alvinegro Praiano, que emplaca uma sequência de seis jogos sem derrotas, vai a 29 pontos. Está em 12º lugar, com dois jogos a menos. O Cruzeiro, com 28, está na 13ª posição.
Peixe marca três. Só um vale
Logo nos primeiros movimentos de jogo, um lance de extrema infelicidade para o jovem volante Alison, do Santos. Com 18 anos, ele estreava na equipe principal. Foi promovido às pressas por causa dos desfalques alvinegros - sete no total. Em seu primeiro lance, subiu no meio de campo para disputar a bola cabeça. Caiu de mal jeito, torceu o joelho direito e deixou o gramado chorando muito, com suspeita de ruptura de ligamentos. Outro jovem, Anderson Carvalho, entrou no lugar de Alison.
O Cruzeiro começou muito desatento. A ideia era marcar individualmente os principais jogadores santistas. Leandro Guerreiro colava Neymar; Léo vigiava Borges, Gilberto ficava em cima de Alan Kardec. Naldo sobrava. O problema da equipe mineira é que os marcadores não funcionaram e os santistas deitaram e rolaram.Neymar caía pelo meio, arrastando Leandro Guerreiro e abrindo espaços para Léo entrar pela esquerda. Kardec, com ótima mobilidade, voltava para buscar o jogo deixava brechas para Borges dominar a bola. Assim, a equipe alvinegra envolveu a Raposa e desandou a fazer gols.
Primeiro com Dracena, aos 10 minutos. Depois com Borges, aos 12, numa lida triangulação entre o artilheiro, Kardec e Neymar. Aos 21, o principal goleador do Brasileirão fez o terceiro.
Só que apenas um desses gols valeu, o segundo. Os outros dois foram anulados. O auxiliar Pedro Sanches de Araújo assinalou dois impedimentos inexistentes. Nos dois lances, os santistas estavam na mesma linha da defesa cruzeirense. Os lances provocaram revolta dos alvinegros, que foram descansar no intervalo reclamando muito.
- É duro falar de árbitro, pois corremos risco de levar gancho. Mas eles são fracos demais - afirmou o lateral-esquerdo Léo.
Passado esses sustos, o Cruzeiro passou a ter mais a bola. Tentava surpreender em contra-ataques puxados por Montillo, pela direita, ou por Roger, pela esquerda. Aos 31 minutos, mais um lance polêmico. O argentino da Raposa recebeu a bola na entrada da área e caiu no momento em que o volante santista Anderson Carvalho encostou nele. Uma penalidade duvidosa, que o “hermano” acabou desperdiçando.
Raposa melhora, mas jogo cai
O Cruzeiro acertou a marcação no segundo tempo, saiu de trás e passou a atuar mais adiantado, rondando a área do Santos. Chegou a criar chances, mas, exceto por um lance de Bobô, que acertou belo voleio defendido por Rafael, não criou muitos problemas para o goleiro santista.
O Peixe, por sua vez, tinha dificuldade para trocar passes. A não ser por tentativas isoladas de Neymar, o time santista parecia meio adormecido.
O jogo ficou restrito a disputas de bola no meio de campo e se tornou monótono. Borges, sentindo dores na coxa esquerda, teve de sair para a entrada de Diogo. Substituição que diminuiu demais o poderio do ataque alvinegro.
Neymar tentou quebrar o gelo ao aplicar um chapéu de lambreta no zagueiro Léo. A jogada é característica de Falcão, craque do futsal, que assistia ao jogo na Vila Belmiro. O cruzeirense apelou e fez a falta. Como já tinha o amarelo, foi expulso. Mesmo com um jogador a mais, o Santos tinha dificuldades para entrar na zaga cruzeirense. Errava passes demais.
Neymar seguia tentando resolver sozinho. Armava os principais lances do jogo e cavou mais uma expulsão. Aos 45, tirou Fabrício para dançar. O volante apelou, bateu no santista e levou o vermelho direto. A Raposa terminou o jogo com dois a menos, mas ainda no lucro, já que viu a arbitragem anular dois gols legítimos do Santos no primeiro tempo.
Globoesporte.com
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