Felipão defende Santos: 'se tivesse ganhado como eles, não ligaria de ser último'

Três derrotas consecutivas e 10 gols sofridos em três jogos foram suficientes para iniciar uma crise no Santos. Antes apontada como o melhor time do país, a equipe alvinegra tem sofrido para engrenar no Campeonato Brasileiro e está na zona de rebaixamento, embora com três partidas a menos em relação a quase todos os outros adversários. Ainda assim, o Santos tem um defensor fervoroso: o técnico Luiz Felipe Scolari.

Em mais uma boa entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira na Academia de Futebol, o técnico do Palmeiras minimizou o mau momento do rival do litoral e destacou que, se tivesse vencido o Campeonato Paulista e a Libertadores no primeiro semestre como o Santos fez, não estaria muito preocupado com a situação no Nacional.

“Eu queria estar em último lugar no Brasileiro e ter ganho o que o Santos ganhou nesse ano, porque aí eu nem me preocupava”, resumiu o comandante, que previu pouco tempo para a equipe alvinegra entrar novamente nos eixos e não quis apontar favoritos ao título brasileiro.

“O Santos é uma questão de uma semana, duas semanas, e pronto. Mas não dá pra apontar hoje, entre as sete ou oito equipes que estão nos primeiros lugares, quem são as candidatas. Porque no ano passado o próprio Grêmio vinha numa situação difícil, o Renato [Gaúcho] assumiu e o Grêmio decolou. Tem alguns bons times que estão lá pelo 12º lugar e estão a cinco, seis pontos. Como faltam 24 jogos, não dá para falar”.

Ainda sobre o Santos, Felipão não viu como o Mundial de Clubes, em dezembro, possa estar afetando o time. O treinador afirmou, porém, que embora a imprensa insista no assunto, técnico e jogadores possam utilizar a disputa internacional como desculpa para suas dificuldades atuais.

“Eu acho que isso de falar do Mundial é mais uma insistência da imprensa, sem querer aqui culpar vocês [jornalistas]. Aquela referência da imprensa ao Mundial costuma ser frequente nas conversas.

Até porque não vejo como agora, em agosto, montar um trabalho, recuperar um jogador, não jogar determinados jogos pensando no Mundial. Se for novembro, um mês antes, ok, para preparar”, avaliou o pentacampeão mundial com a seleção brasileira. “Mas acho que o jogador e o técnico às vezes usam uma historinha para não responder sobre os próprios erros”.

Uol Esporte

Foto: Junior Lago