Técnico afirma que atacante não pode ser responsável por revés, explica opções na frente e diz: ‘Gosto de Tostão, Reinaldo, Careca, Gordinho...’
Visivelmente contrariado pelo resultado no clássico com o Corinthians, o técnico Adilson Batista demonstrou irritação com algumas perguntas sobre suas escolhas para o ataque do Santos, no jogo deste domingo, no Pacaembu.
Depois dos 3 a 1 para o rival, que determinou a quebra da invencibilidade do Peixe no Campeonato Paulista e a queda para a quarta posição no torneio – tem 18 pontos em nove jogos - , o treinador santista reclamou dos questionamentos sobre o posicionamento de Neymar e a opção por Diogo na frente.
- O resultado em si eu não esperava porque tínhamos o objetivo de vencer. Tivemos um volume de jogo melhor, oportunidades melhores, mas eles controlaram e se fecharam. No pênalti, tentamos empatar (Adilson abriu mais o time para o ataque) e eles fizeram o terceiro. O objetivo era vencer, mas faz parte. Acho um desperdício um atleta como Neymar jogar no canto, então pedi para rodar. O Ralf (volante do Corinthians) é mais contenção, e não sobrecarregaria o setor, e ele teve mais liberdade para jogar. Várias vezes ele veio por dentro, tentou inverter as jogadas, na minha avaliação – disse o treinador alvinegro.
Sobre o erro de Diogo, que originou o terceiro gol do Timão, marcado por Liedson, Adilson tentou proteger seu jogador. Ele também afirmou que não vê problemas em colocar vez ou outra Maikon Leite e Zé Eduardo, dupla que foi titular no início do Paulista, no banco de reservas. Keirrison, outro atacante do time, nem no banco ficou.
- Se Deus quiser, teremos 74, 75 partidas no ano e vou precisar de todo mundo. Tem hora que vamos entrar com os três (Maikon Leite, Neymar e Zé Love). Coloquei Diogo para aumentar a estatura. Mas não é porque perdeu a bola e deu o contra-ataque que vai ser crucificado. O importante é a briga saudável entre eles e o que achar que for melhor para o Santos, vou fazer – afirmou.
Com as insistências das perguntas sobre falhas no ataque santista, Adilson acabou perdendo um pouco a paciência e cutucando até mesmo o ex-atacante Ronaldo, com quem trabalhou no Corinthians no ano passado. Comenta-se nos bastidores do Parque São Jorge que os dois não tinham um bom relacionamento.
- Você sofre gol de cabeça e tem de arrumar a defesa. Põe o Keirrison, não rende. Quando tira, parece que é a solução. Vocês (jornalistas) são treinados para isso. O Zé, o Diogo e o Keirrison são jogadores confiáveis. O Barcelona tem centroavante? Eu gosto do Tostão, do Reinaldo, do Careca, do Gordinho (balançando a cabeça para o lado do vestiário corintiano)... É gosto, tem de respeitar a decisão do treinador.
Globoesporte.com
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