quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Em briga direta pela Sul-Americana, Peixe e Furacão ficam no empate


Resultado é melhor para o Santos, que segue na zona de classificação para a competição continental

No discurso dos jogadores das duas equipes antes da partida, o mesmo tópico: a vitória era obrigatória. Em jogo, uma vaga na Copa Sul-Americana. No entanto, Atlético-PR e Santos acabaram mesmo ficando no empate em 1 a 1. Resultado que, diante das circunstâncias, acabou sendo melhor para o Peixe, que vai a 42 pontos e segue dentro da zona de classificação para a competição continental. Já o Furacão soma 40 pontos. Está longe do rebaixamento, mas segue na parte cinza da tabela: fica longe da degola, mas também não se aproxima da Sul-Americana. O jogo pelo menos teve um lance histórico. Com o gol de pênalti que marcou, Kléber Pereira chega a 48 em campeonatos brasileiros pelo Peixe, supera Robinho, e se torna o maior artilheiro do clube na história da competição.

No embalo de Ganso, Peixe domina, mas gol não saiO Santos teve amplo domínio do jogo no primeiro tempo. Marcando forte as saídas de bola, sem deixar o adversário respirar, o Peixe se sentia em casa. Apresentava na Arena um futebol que a Vila Belmiro raramente viu neste Brasileirão (o aproveitamento do time alvinegro como mandante é de apenas 50%): toques de bola conscientes e boas jogadas armadas por Paulo Henrique Ganso, que desfilou no gramado, com direito a chapéu, ótima visão de jogo e passes perfeitos.

O Furacão, por sua vez, tinha dificuldades para acertar a marcação. O Peixe entrou em campo com Kléber Pereira mais adiantado. Ganso, Jean e Felipe Azevedo vinham de trás, em movimentação constante. A dupla de zaga do Furacão não sabia a quem marcar e bateu cabeça em três lances: logo no primeiro minuto, Kléber apareceu sozinho na direita e chutou colocado, tentando encobrir Galatto, que conseguiu espalmar. Aos 14, Rodrigo Souto achou Jean sozinho entrando pelo meio. O atacante, que estreava como titular, invadiu a área e tocou na saída do goleiro. A bola acabou saindo. Chance incrível perdida pelo Peixe. Em seguida, aos 19, a zaga saiu para marcar Kléber Pereira, e Paulo Henrique apareceu livre para escorar de cabeça cruzamento de Pará. A bola subiu muito. O Atlético, cercado por todos os lados, não conseguia acertar passes. Marcinho, Patrick e Wallyson recebiam de costas para a zaga santista, mas eram desarmados. Dessa forma, o Furacão só conseguiu ameaçar na bola parada.

Aos 22, a única chance real de gol do time da casa: Paulo Baier bateu falta da direita e jogou a bola meio da bagunça da grande área. Ninguém desviou, e ela pingou em frente a Felipe, que, atento, conseguiu espalmar. Kléber marca gol histórico, mas Furacão empataO segundo tempo começou, mas o panorama do primeiro não se alterou. O Santos, mais bem organizado, continuava dominando a partida. A diferença é que, desta vez, teve o gol. Paulo Henrique Ganso recebeu passe de peito de Kléber Pereira, invadiu a área e foi derrubado. Pênalti, que Kléber Pereira bateu bem, aos 4 minutos, para abrir o placar. Um gol histórico, aliás. O camisa 9 do Santos acabou com um jejum que durava um mês.

Ele não balançava as redes desde o dia 27 de setembro, na derrota por 3 a 1 para o Atlético-MG. Além disso, ele se tornou o maior goleador santista em campeonatos brasileiros, com 48 gols em três edições (2007, 2008 e 2009). Parecia que o Peixe se encaminhava para uma vitória tranquila. Parecia, apenas. O Atlético-PR saiu para o jogo e, três minutos após o gol santista, conseguiu o empate.

Aos 7, Paulo Baier cobrou escanteio da esquerda, muito fechado. Felipe chegou a espalmar, mas foi atrapalhado por Bruno Costa, que trombou com o goleiro. O árbitro não deu a falta, e a bola sobrou para o próprio Bruno empurrar para o gol. O empate tornou o jogo igual. Além disso, a entrada de Rodrigo Tiuí no lugar de Wallyson melhorou a movimentação do ataque da equipe paranaense. Aos 14, ele recebeu a bola pela esquerda e recebeu de Róbson, que havia entrado no time santista substituindo Felipe Azevedo, uma entrada criminosa. Por cima da bola, o meia santista acertou a perna de Tiuí. Vermelho direto.

Com um jogador a menos, o Santos se trancou e buscou o contra-ataque. Para isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo colocou Madson no lugar de Jean. No entanto, o Peixe não conseguiu criar mais nada. O Furacão, por sua vez, dominava a posse de bola, virava o jogo de um lado para o outro, cruzou inúmeras bolas na área, mas não conseguiu a virada.

Globoesporte.com

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