segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Santos rebate Eller: "Foi só ele sair que a fofoca acabou"


A diretoria do Santos e o ex-técnico da equipe, Vagner Mancini, se pronunciaram sobre as declarações do zagueiro Fabiano Eller, de que a sua saída do clube teria sido algo arquitetado em conjunto, pela cúpula santista e pelo treinador.

Procurado pela reportagem da Gazeta Esportiva.Net, o diretor de futebol do Peixe, Adilson Durante Filho, rebateu as acusações do defensor. "Primeiro gostaria de deixar bem claro que tudo isso só aconteceu porque o atleta pediu para não fazer a sétima partida (contra o Sport), porque tinha o interesse de se transferir para outro time", disse.

"Mas Deus sabe o que faz. Coincidentemente, depois da saída do Fabiano Eller, as 'fofocas' dentro do grupo terminaram", comentou Durante Filho.

O dirigente também falou sobre o acordo que resultou na saída de Eller. "O jogador apenas cumpriu com a sua obrigação. O Santos não precisa da ajuda de ninguém. Ele recebeu em dia e muito bem para vestir a camisa do Santos. Apenas cumpriu o seu dever", afirmou Durante Filho, que não quis revelar quanto o clube pagou antes de liberar o zagueiro.

No entanto, segundo apurou a GE.Net, Fabiano Eller recebeu mais de R$ 500 mil a título de rescisão. Dentre a quantia recebida, estavam inclusos os dias em que o salário estava atrasado e valores referentes a quebra de contrato. O valor pago, no entanto, é inferior à multa, isto porque o jogador aceitou o acordo proposto pelos santistas.

"Não cabe a nós julgarmos os casos, mas veja a diferença de conduta de atletas. O Roni recebeu uma proposta do Fluminense, veio à diretoria e acertou sua saída. Ele não recebeu sequer um centavo pela sua saída, diferente do Fabiano, que já tinha um acerto com outro clube, formou uma confusão e preparou a 'cama' para sua saída. Porém, ele quis ganhar daqui e de lá (Inter)", contou o dirigente, antes de alfinetar o defensor. "A diferença é que o Roni saiu pela porta da frente e o Eller pelos fundos", disparou.
Adilson Durante Filho também negou que tenha havido uma ação combinada entre o Santos e o ex-técnico da equipe, Vagner Mancini, para forçar a saída do jogador. "O Fabiano Eller deve ter algum tipo de problema de perseguição. Talvez até algo psicológico, pois nunca ninguém teve o interesse de mandá-lo embora ou coisa parecida. Foi ele quem criou todo esse imbróglio", apontou.

Versão de Mancini: A reportagem também procurou o ex-treinador alvinegro para dar a sua versão sobre o caso. Mancini respondeu por meio de sua assessoria de imprensa, que a versão apresentada por Fabiano Eller não é inteiramente verdadeira. Segundo a assessoria do comandante, a verdade é que a diretoria comunicou que gostaria de fazer uma troca com o São Paulo envolvendo Eller e Wagner Diniz, devido ao alto salário do zagueiro.

Ainda de acordo com a assessoria de Vagner Mancini, o Santos manteve contato com alguns empresários, dentre eles o do próprio atleta (Eduardo Uran) e Fábio Melo, o mesmo do treinador, para que viabilizassem possibilidades de transferência de Fabiano Eller para outros times, dentre eles, o São Paulo, com quem o agente de Mancini mantém bom relacionamento, por ter atuado no clube do Morumbi.

De acordo com o treinador, uma outra proposta também surgiu, vinda do Grêmio, de empréstimo, mas segundo Vagner Mancini, Eller ficou porque o Santos queria negociá-lo em definitivo.

O treinador finalizou deixando claro que, apesar do interesse dele em continuar com Fabiano Eller, a decisão já havia sido tomada pela diretoria do Santos e restou a ele, Mancini, apenas acatar a medida que havia partido da direção.

Gazeta Esportiva

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