domingo, 10 de maio de 2009

Grêmio e Santos empatam em um jogaço na estreia no Brasileirão

Após várias chances de gol no Olímpico, equipes mexem no placar no segundo tempo com Réver e golaço de Molina
Com muito mais qualidades do que defeitos, Grêmio e Santos tiveram estreia promissora no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, as duas equipes fizeram grande jogo no Olímpico, colecionaram bons lances ofensivo e saíram com empate por 1 a 1. O Tricolor largou na frente, com Réver, mas o Peixe empatou em golaço de falta de Molina.

O Olímpico teve público impressionante para uma primeira rodada. Foram mais de 40 mil pessoas. Grande parte dos espectadores foi composta por mulheres, que tiveram acesso gratuito ao estádio como homenagem pelo Dia da Mães. As gremistas, que já costumam ir ao estádio em bom número em Porto Alegre, deram clima diferente à casa gremista.

Nos lances de perigo, era possível ouvir os gritos delas, como quem tenta coordenar o jogo com a garganta. Passada a estreia no Brasileirão, o Tricolor volta a pensar na Libertadores. Na quarta-feira, os gaúchos recebem o Universidad San Martín pelas oitavas de final do torneio continental. A situação é confortável. Como venceu por 3 a 1 no Peru, o Grêmio só será eliminado se perder por três gols de diferença – ou dois, a partir do 4 a 2.
O próximo compromisso pelo Nacional é no sábado, em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, treinado por Celso Roth. Já o Santos ganha uma semana de preparação para a partida contra o Goiás, domingo, na Vila Belmiro.

Maxi de um lado, Madson de outro

Foi um grande primeiro tempo. O Grêmio fez o que costuma fazer no Olímpico e foi para cima do adversário. E o Santos não deixou de lado sua característica natural de ataque. O resultado foi natural: 45 minutos de muitas chances. Porém, nada de gol. Uma injustiça. As figuras da etapa inicial foram o gremista Maxi López e o santista Madson. O baixinho do Peixe incomodou o tempo todo, auxiliado pela qualidade de Paulo Henrique, pela velocidade de Neymar e pelo bom posicionamento de Kleber Pereira.
No Tricolor, quase todas as jogadas orbitaram em torno do argentino. A melhor chance do Grêmio foi com ele. Fábio Santos cruzou da esquerda para La Barbie desviar de cabeça, com o carimbo de centroavante, no travessão do goleiro Douglas. Foi a oportunidade mais clara dos mandantes, mas esteve longe de ser a única. Chutes de Souza e Fábio Santos não entraram por detalhe. Ambos lamberam o ângulo esquerdo do goleiro santista. Rafael Marques, de cabeça, quase fez. Jonas também.

O Grêmio teve o controle das ações no primeiro tempo, mas não soube conter o Santos. O time de Vagner Mancini ameaçou muito. Com 13 minutos, Madson deu um daqueles passes que deveriam entrar no manual do articulador. Na entrada da área, ele deixou a zaga tricolor coçando a cabeça ao rolar a bola para Paulo Henrique. O garoto santista faria o gol se Victor, santo dos tricolores, não saíssem com perfeição para abafar. Kléber Pereira e Neymar também incomodaram.
O centroavante errou cabeceio que poderia ter custado caro ao Grêmio. O passe, com perfeição, foi justamente de jovem atacante. E o camisa 9 teria outra oportunidade depois, ainda mais clara. Eram 32 minutos. Eles avançou com a bola entre os zagueiros e mandou o chute. Victor espiou a bola sair pertinho, com enorme perigo.

Réver faz, Molina empata

A movimentação seguiu intensa no segundo tempo. O Grêmio seguiu mais incisivo, mas com o ataque menos inspirado. Maxi López caiu de rendimento. Jonas sumiu. Aí o jeito foi usar os zagueiros. Réver, com sete minutos, quase marcou. Tcheco mandou a bola sem peso na direção da área. O defensor de posicionou bem e, sozinho, perdeu o gol. O Santos não foi o mesmo depois do intervalo. Ficou mais contido. Não que tenha desistido de fazer o gol. Longe disso. Mas passou a atacar menos. A saída de Neymar, substituído por Molina, não fez bem ao time praiano, que deixou de trabalhar a bola e preferiu arriscar mais de longe.
No Grêmio, o técnico Marcelo Rospide decidiu mexer no setor ofensivo. Tirou Jonas e Maxi, colocou Túlio (com Souza avançado) e Alex Mineiro. A torcida ficou na bronca com a saída do argentino e chegou a vaiar a substituição. Aos 27 minutos, gremistas e santistas viveram segundos de tensão. A bola viajou na direção da área gaúcha, a zaga saiu mal e Kleber Pereira ficou sozinho. Ele faria o gol se conseguisse dominar.
Mas não conseguiu. A tensão virou alivio para os azuis e lamento para os brancos. Com o passar do tempo, o jogo dava sinais de que não sairia do 0 a 0. Mas não foi nada disso. Com 31 minutos, Réver dominou na esquerda da área santista e mandou chute forte, preciso, para mexer na rede de Douglas e explodir o Olímpico. Mas a festa azul não foi completa. Molina, do meio da rua, cobrou falta com perfeição e deixou tudo igual de novo no Olímpico.

Globoesporte.com

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