segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Marinho resolve para o Santos outra vez, mas zaga volta a errar pelo alto

Entenda o que deu certo e o que deu errado no empate do Peixe com o Palmeiras

Por Gabriel dos Santos

Um clássico brigado, com gols, bom futebol e polêmicas do VAR. Assim foi o empate por 2 a 2 entre Santos e Palmeiras, no último sábado, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão

O Santos saiu na frente com Diego Pituca, levou a virada, mas buscou o empate com Marinho, novamente o destaque do time.

O que deu certo

Depois de sofrer a virada, o Santos mostrou poder de reação para buscar o empate e contou, para a surpresa de ninguém, com a estrela de Marinho.

O atacante, que vinha de uma atuação apagada na Libertadores, assumiu novamente a responsabilidade e liderou o time, participando dos dois gols (começou a jogada do primeiro e marcou o segundo, em lance de categoria).

Marinho, do Santos, comemora gol contra o Palmeiras — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Em meio a um elenco limitado, o técnico Cuca tem buscado alternativas táticas a cada jogo. No primeiro tempo, o Santos mudou de esquema e teve jogadores invertidos em funções por três vezes. O time começou numa espécie de 4-2-4, com Soteldo e Lucas Braga abertos, e Marinho e Kaio Jorge mais avançados.

Depois, Marinho e Lucas Braga inverteram. A opção que era esperada, o 4-3-3 com Soteldo centralizado e Lucas Braga aberto pelo lado esquerdo, foi a terceira alternativa – e a que mais deu certo, com boas chances criadas ainda na etapa inicial.

Foi nessa estratégia que o Santos achou o primeiro gol, após bonita jogada. Destaque para o lançamento de Pará e as participações de Marinho e Kaio Jorge no gol de Diego Pituca, que só empurrou para as redes.

Após sofrer dois gols e ficar novamente atrás do placar, o Santos não se desesperou e teve calma para igualar. A entrada de Vinicius Balieiro, recém-promovido da base, no lugar de Alison, melhorou a saída de bola do time, problema no primeiro tempo.

Apesar de ter terminado 2020 sem vencer um clássico sequer, o Santos tirou mais notícias positivas do que negativas do empate contra o Palmeiras.

O que deu errado

O Santos iniciou o clássico perdido em campo. Nos primeiros 15 minutos, limitou-se a defender diante de um elétrico Palmeiras na Vila Belmiro – depois, quando o rival diminuiu o ritmo, o Peixe melhorou na partida e abriu o placar.

Como dito acima, a saída de bola, ora com Alison, ora com Diego Pituca, foi o principal problema do time. Com quatro atacantes de ofício (Lucas Braga, Soteldo, Marinho e Kaio Jorge), a armação novamente foi aquém do esperado, e o Santos tinha um buraco em campo no setor de meio-campo.

Depois de equilibrar o jogo da metade do primeiro tempo até o intervalo, o Santos foi castigado no início do segundo e transformou um jogo que parecia dominado em complicado. Sofreu dois gols, ambos em falhas de Lucas Veríssimo.

Lucas Veríssimo, do Santos, não teve boa atuação contra o Palmeiras — Foto: Ivan Storti/Santos FC

No primeiro, o zagueiro colocou a mão na bola e deu um pênalti para o Palmeiras, marcado com ajuda do VAR. No segundo, deu o escanteio para o rival e ainda perdeu no alto na primeira disputa. Na sobra, Willian marcou. Os dois gols do time alviverde também foram originados por bolas aéreas, principal problema defensivo do Santos em 2020.

Próximos passos

Agora, o Santos foca todas as atenções na Libertadores.

Na quarta-feira, às 19h15, o Peixe enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, pela ida das quartas de final da competição continental.

O técnico Cuca terá o retorno de Jobson, que cumpriu suspensão no clássico. Arthur Gomes, que testou positivo para Covid-19, será desfalque.

No Brasileirão, o Santos só volta a campo no domingo da próxima semana, quando encara o Flamengo, no Maracanã. Soteldo, Diego Pituca e Lucas Veríssimo, suspensos, são desfalques certos.

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