terça-feira, 29 de setembro de 2020

Conselho Deliberativo aprova parecer e Peres está afastado do Santos

José Carlos Peres assumiu o Santos em 1º de janeiro de 2018 (Crédito: Santos FC)

Com protestos da torcida, José Carlos Peres está afastado da presidência do Santos e pode sofrer impeachment em assembleia de sócios, que deve ser marcada dentro dos próximos 60 dias. O Conselho Deliberativo (CD) aprovou o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) que pedia o afastamento imediato do mandatário. A comissão de estatuto foi contra o afastamento imediato, mas o CD seguiu orientação da CIS. A votação terminou com 161 votos a favor.

Além de Peres, deixam o clube sete membros do Comitê de Gestão: Anilton Perão, Bruno Carbone, Estevam Juhas, Fábio Gaia, Matheus Rodrigues, Paulo Schiff e Pedro Dória. A CIS isentou o vice-presidente Orlando Rollo de qualquer responsabilidade pelas irregularidades apontadas pelo Conselho Fiscal no ano de 2019. O dirigente esteve licenciado da metade de janeiro até novembro e, mesmo depois do fim a licença, foi impedido de exercer o cargo por Portaria assinada por Peres.

Pela mudança feita no Estatuto do clube em 2019 para atender ao Profut, o presidente tem que ser afastado imediatamente caso o impeachment seja aprovado no CD. Rollo assume até a assembleia.

Entre as principais irregularidades apontadas no relatório do Conselho Fiscal, que deu início a esse processo, está a utilização do cartão corporativo para fins pessoais. O documento apontou R$ 28.761,65 em gastos pessoais do cartola sem reembolso ao clube.

O pagamento de comissão para intermediários nas negociações de atletas também foi outro ponto que chamou à atenção. A transação que levou Bruno Henrique ao Flamengo ganhou destaque e o Comitê de Gestão não apresentou os documentos solicitados pela CIS na investigação.

Outros pontos apontados no parecer foram: gastos maiores do que os aprovado em orçamento; contratação de pessoas para cargos não previstos no organograma; aumento na folha de pagamento; processos judicializados; atrasos nas atas das reuniões do CG; não recolhimento de impostos; descumprimento de prazos estatutários; e não pagamento de compromissos. Por Felipe Mendonça

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