“A responsabilidade não é minha. Nunca cuidei da parte disciplinar”. Foi assim que Felipe Nobrega se defendeu da acusação feita por uma pessoa da diretoria do Santos ao Blog, culpando-o pela escalação de Carlos Sanchez na partida de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o Estudiantes, na Argentina. “Eu só operava o Comet”, acrescenta o ex-coordenador da divisão de contratos do Santos, referindo-se ao sistema de consulta disponibilizado pela Conmebol para informar a situação dos atletas.
Felipe também garantiu que não é verdadeira a afirmação da fonte ligada ao presidente José Carlos Peres de que ele teria se esquecido de enviar um e-mail à Conmebol para verificar a situação de Sanchez. “Ninguém me perguntou nada a esse respeito”, assegura.
Para piorar, o ex-funcionário santista revela que foi demitido nesta terça-feira sem qualquer justificativa. “Fui chamado pela coordenadora do RH, que me demitiu sem dar qualquer motivo.”
Felipe trabalhou pelo Santos nos últimos 11 anos, exercendo diversas funções. Desde a notícia da sua demissão, ele conta que tem sido ameaçado. “Só quero tocar minha vida em paz”, diz. “ E ninguém tem o direito de me acusar de participação em qualquer movimento político do Santos. Trabalhei com cinco presidentes diferentes no período e não fiz absolutamente nada de errado”.
Nesta quarta-feira, por meio de sua diretoria jurídica, o Santos não confirmou que a saída de Felipe tem a ver com a punição de 3 a 0 imposta pela Conmebol no duelo de ida. Mas, de acordo com um aliado de Peres, a tentativa foi de acabar com as ameaças feitas por torcedores ao ex-funcionário. Por Jorge Nicola
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