Clube quer apresentar documentação à CBF nesta quarta para ficar com cerca de 4% do valor da transferência do atacante ao PSG; Peixe julga ter direito a valor mesmo com pagamento de multa
O Santos terminou de reunir toda a documentação que julga necessária para corrigir informações do passaporte desportivo do atacante Neymar, prestes a confirmar uma transferência recorde ao PSG, da França, por € 222 milhões (cerca de R$ 823 milhões).
O clube pretende apresentar a papelada ainda nesta quarta-feira à CBF, responsável pela emissão do documento que é utilizado para definir o percentual de cada agremiação na divisão da indenização paga pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, que remunera clubes formadores com até 5% do valor total de uma transferência internacional.
Dessa forma, o Santos quer incluir dois anos a mais de vínculo com Neymar, entre os 12 e os 13 anos do jogador, o que ampliaria o percentual de responsabilidade do clube em 0,5% – o atleta já estava na Vila Belmiro desde os 11 anos, mas só pôde ser registrado a partir dos 14, de acordo com a legislação brasileira. Os cálculos alvinegros são de ficar com aproximadamente 4% da quantia que o PSG irá repassar ao Barcelona, o que significaria quase R$ 33 milhões na cotação atual.
É possível, porém, que o Santos tenha dificuldade em receber o que acredita ter direito. Uma tese defende que em casos de transferências pelo pagamento da multa rescisória, como será a ida de Neymar ao PSG, não é devido o percentual aos formadores. Os brasileiros contestam e se apegam ao histórico da Fifa para receber o dinheiro – a disputa pode chegar à Câmara de Resoluções da entidade.
A saída de Neymar também renderá ao Santos outros € 4,5 milhões (cerca de R$ 16 milhões) como compensação pela não realização de um amistoso contra o Barcelona previsto em contrato assinado na época da venda do atacante aos catalães, em 2013.
O jogo, no Brasil, deveria acontecer durante o vínculo do atleta com os espanhóis. Esse dinheiro também não deve cair tão cedo no cofre alvinegro, já que os dois clubes vivem um litígio justamente pela negociação que levou Neymar à Europa há quatro anos.
Um outro bônus previsto àquela época, de € 2 milhões pelo fato de o atacante ter sido finalista do prêmio de melhor do mundo, em 2015, foi pago pelo Barcelona em juízo. Apenas no mês passado a Fifa determinou que o dinheiro fosse liberado ao Santos.
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