Após cobrança extrajudicial, Netshoes entregará os uniformes ao departamento de futebol e iniciará as vendas. Contrato entre as partes não será renovado em dezembro
Demorou, mas as três novas camisas do Santos, enfim, começarão a ser vendidas nesta terça-feira, em lojas físicas e virtuais. Após muita polêmica e desentendimentos entre o clube e suas fornecedoras de material esportivo, o departamento de futebol receberá a remessa dos uniformes também nesta terça, e já poderá estreá-lo diante do Goiás, quarta-feira, no Serra Dourada, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Novas camisas do Santos: modelos tradicionais, sem grandes novidades (Foto: Globoesporte.com)
Tradicional, a camisa número 1 é toda branca, sem detalhes nas mangas e em gola V. Já a número 2 é listrada, com uma faixa preta na altura dos ombros e com gola redonda. Segundo os criadores, é inspirada no modelo usado pelo Peixe que foi campeão paulista em 1978.
Estocadas desde fevereiro, as duas camisas e o terceiro uniforme na cor cinza, revelado na última sexta-feira, serão entregues após cobrança extrajudicial do clube, que deu o prazo de cinco dias a partir de sexta para que as peças chegassem à Vila Belmiro. As empresas Nike e Netshoes acusam o clube de ter cancelado quatro vezes o evento de lançamento com objetivo de desgastar a relação, o que fez o clube perder dinheiro.
A sintonia com as parceiras ficou estremecida desde que Modesto Roma Júnior assumiu a presidência do Santos, em janeiro.
Os desentendimentos começaram logo no início do ano, já que a atual administração questionou os desenhos aprovados pelo ex-presidente Odílio Rodrigues e pelo Comitê de Gestão, passando a adiar os lançamentos.
Em paralelo a isso, o departamento de marketing iniciou as buscas por um novo parceiro, já que o contrato se encerra no fim do ano. Hoje, a italiana Kappa é a favorita para substituir as marcas atuais.
Apesar de vestir Nike, o acerto do clube é com a Netshoes. Os americanos apenas desenham e produzem os uniformes, que depois são comprados pela varejista brasileira e entregues ao Santos e vendidos no mercado.
O contrato atual rende cerca de R$ 7 milhões por ano ao Santos, sendo R$ 2,3 milhões em royalties fixos – há ainda aproximadamente R$ 800 mil de verba de marketing, R$ 2 milhões de royalties variáveis e valor semelhante em peças. Executivos das empresas afirmam que, com a demora para o lançamento, o clube deixou de arrecadar dinheiro. De saída da Vila, dizem esperar que o contrato termine da forma mais amigável possível.
Globoesporte.com
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