O Santos admitiu que teme perder o atacante Robinho em janeiro. Apesar de falar, oficialmente, que ouviu do jogador o desejo de permanência, o gerente de futebol do clube, Zinho, externou que conversará com o principal craque santista para saber as suas intenções para o próximo ano e já pediu, inclusive, por esforço da próxima diretoria para conseguir mantê-lo na Vila Belmiro.
"Até as últimas conversas com o Robinho sei que o desejo dele era permanecer. Agora, vou sentar com ele novamente e ver. Ele tem contrato até o meio do (próximo) ano, então espero que a decisão seja de permanecer. Espero que as pessoas que vão assumir, que vão fazer a gestão do futebol no ano que vem, se esforcem nesse sentido. (A permanência) dele é de fundamental importância no planejamento do próximo ano", disse o dirigente.
O Terra noticiou no último dia 5 que o jogador já estuda com o seu staff novas propostas para transferir-se em janeiro para Estados Unidos ou Emirados Árabes. Uma participação na próxima Copa Libertadores da América, já frustrada, seria essencial para que ficasse.
Robinho iniciou em 7 de agosto a sua terceira passagem pelo Santos dizendo que não desejava mais voltar para o Milan, da Itália, com quem tem contrato até junho de 2016.
No acordo encaminhado entre as partes, o Santos conseguiu o empréstimo gratuito, mas condicionado a sua liberação em caso de proposta em janeiro. O clube se comprometeu a pagar ao atleta aproximadamente R$ 500 mil mensais fixos, mais incentivos nas vendas de materiais esportivos, ações de marketing e em participações no programa de sócios, chamado de Sócio-Rei, totalizando cerca de R$ 800 mil.
"Dentro do planejamento que nós fizemos, sentamos em reuniões e entregamos um mês antes o planejamento de coisas básicas, era um pedido do Comitê (Gestor). Isso já foi feito. O principal é até largar na frente na busca por reforços, mas, sem dúvida, o processo eleitoral vai atrapalhar. Você não pode fazer contratações antes, é estatutário. O que tem é você observar jogadores, colocar opções de posições que consideramos importantes, peças pontuais para a formação de elenco para ao longo do ano não termos dificuldades, como é com o Mena, quando é convocado. Espero que ano que vem não aconteça mais isso, também. Não temos ele agora para dois jogos, o Brasileiro não para. Isso a gente já fez e tem alguns nomes que foram entregues ao Comitê, mas claro que só será aprovado após a eleição", explicou Zinho.
A diretoria santista segue enfrentando muitas dificuldades para arcar com a folha salarial. Recentemente, anunciou o acordo com a Huawei, empresa chinesa que trabalha no ramo de tecnologia da informação e comunicação, para o espaço master da camisa, principal fonte de receita no uniforme, vago oficialmente desde janeiro de 2013. Além disso, confirmou a venda do mando do clássico contra o São Paulo, em 23 de novembro, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, para a Arena Pantanal, e negocia vender parte dos direitos econômicos do volante Alison ao Banco BMG.
Nos bastidores, o Santos vive um intenso processo político. Em dezembro terá, provavelmente, a eleição mais acirrada e polêmica dos últimos anos, que já contou com acusações de falsificação de carteirinhas com nomes fantasmas, veto para a votação à distância e constantes desdobramentos sobre a venda de Neymar ao Barcelona, em 2013.
Terra
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