A crise financeira do Santos já atingiu Oswaldo de Oliveira. A uma pessoa próxima, o técnico reclamou dos seguidos atrasos no pagamento de parte dos seus salários — contratado em janeiro, ele alega ter recebido apenas os valores registrados na carteira de trabalho.
A dívida estaria próxima de R$ 1 milhão, o que equivale a dois meses e meio de seus vencimentos, já que recebe R$ 400 mil por mês.
Procurado pelo Blog, Francisco Cembranelli, que integra o Comitê de Gestão do Santos, admite que o clube enfrenta dificuldades com o fluxo de caixa, mas assegura que as pendências estão sendo resolvidas. “Saí da reunião do Comitê agora (ontem) e falaram que os direitos de imagem de todos estavam sendo pagos até o fim do dia.” A data correta seria dia 10.
Não é a primeira vez que Oswaldo tem de conviver com meses superiores a 30 dias. Ele deixou o Botafogo em dezembro de 2013, depois de classificar o time para a Libertadores, por não concordar com a demora nos pagamentos.
Voltando ao Santos, Oswaldo já havia entrado em rota de colisão com o Comitê de Gestão ao criticar a mudança do mando do jogo contra o Atlético-MG para Cuiabá. “O treinador precisa entender que já tínhamos entregue a Vila Belmiro para a Fifa”, responde Cembranelli. “Sem contar que a mudança representou um ganho considerável aos cofres do clube”, emenda. O Peixe embolsou R$ 1,2 milhão.
As reclamações de atletas e, agora, de Oswaldo sobre as dívidas do Santos já viraram tema de discussão no Comitê de Gestão. “Estamos nos esforçando para pagar. Agora, esperamos a resposta em campo”, finaliza o dirigente.
Jorge Nicola/IG
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