Diretoria do clube paulista ainda acredita que o Barça aliciou o atacante. Além disso, defende que documento apresentado na última quarta não desconfigura o aliciamento
A diretoria do Santos vai buscar fora do país uma alternativa para solucionar o "caso Neymar". Dispostos a ver esclarecidos todos os detalhes da transferência que levou o atacante para o Barcelona, da Espanha, os dirigentes do clube paulista contratarão um escritório internacional especializado em justiça esportiva para cuidar do assunto.
O Comitê de Gestão do Alvinegro Praiano, que se reuniu na quinta-feira, ainda acredita que o Barcelona aliciou o craque - em 2011, a N&N Sports, empresa que administra a carreira do jogador e pertence a Neymar da Silva Santos, pai e empresário do astro, recebeu € 10 milhões (R$ 33 milhões) para assegurar a prioridade na compra do então camisa 11 do Peixe.
Para a diretoria santista, o documento apresentado pelo pai de Neymar na última quarta-feira, na qual o então presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro autoriza o jogador a iniciar negociações para uma futura transferência, não desconfigura o caráter de aliciamento na postura do Barça.
No dia 12 de fevereiro, quando será realizada mais uma reunião do Conselho Deliberativo do Santos, o Comitê de Gestão pretende apresentar duas opções de escritórios para solucionar o "caso Neymar". A diretoria do clube paulista ainda cogitar levar o craque e o Barcelona à FIFA.
Caso Neymar
A compra dos direitos desportivos de Neymar pelo Barcelona custou € 17,1 milhões (cerca de R$ 54 milhões, na cotação atual), e o Peixe teve direito a 55% do valor. Os 45% restantes foram divididos entre a DIS (40%) e a Teisa (5%), parceiros do clube alvinegro na ocasião. O pai do atacante, Neymar da Silva Santos, porém, recebeu outros € 40 milhões.
Na terça-feira, em pronunciamento em Santos, o pai do atacante afirmou que o Alvinegro o liberou para conversar com o Barcelona ainda em 2011.
Neymar pai explicou que, na época, firmou um pré-acordo com o clube catalão. Sua empresa, a N&N Sports, recebeu € 10 milhões (R$ 33 milhões) para assegurar a prioridade na compra do astro e mais € 30 milhões (R$ 99 milhões) quando o negócio foi concretizado.
O Peixe, ciente desses valores, quer a abertura dos contratos da negociação e dos valores recebidos pelas empresas do pai do jogador, que disse não poder revelar os documentos. Os santistas estão dispostos a ir à Justiça para ter acesso ao montante. Além disso, o clube brasileiro ainda apura se tem direito a receber uma porcentagem dos € 100 milhões (R$ 333 milhões) que Neymar receberá nos cinco anos de contrato com o Barça.
Globoesporte.com
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