sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dirigente santista sofre pressão nos bastidores, mas é 'bancado' por Comitê

Contestado por conselheiros e torcedores por falta de reforços, superintendente de esportes Felipe Faro se defende

A semana santista, que começou com a promessa do presidente Luis Alvaro Ribeiro de anunciar um reforço, termina com novos fracassos em tentativas de contratação e ainda mais críticas e contestações de torcedores e conselheiros em relação ao departamento de futebol.
Quem coleciona fracassos em negociações (Martínez, Rafael Moura, Robinho, Diego, entre outros) é o Peixe, mas o principal alvo das reclamações é o superintendente de esportes, Felipe Faro. O profissional, contratado em fevereiro, está longe de ser unanimidade na Vila Belmiro e foi muito contestado na última reunião do Conselho Deliberativo. Nos bastidores, além de críticas pelo mau momento do time e pela falta de bons reforços, Faro é questionado por seu salário (cerca de R$ 40 mil) e por supostamente ser torcedor do arquirrival São Paulo.

Até o técnico Muricy Ramalho “cutucou” o superintendente. Após o jogo contra a Ponte Preta, domingo, ele reclamou da dificuldade para montar o time e ironizou sobre a escalação do próximo jogo.

– Vai jogar eu, o Tata (auxiliar técnico), e o Felipe Faro, que é quem contrata. Vou por ele, porque é assim. Essas coisas não aceito no futebol. Tínhamos um planejamento, mas demoramos demais.

Diferentemente do que apontam seus opositores, o superintendente não se julga culpado pelo insucesso nas negociações e lembra que o time perdeu suas estrelas para a Seleção Olímpica, além de ter tido azar com vários lesionados.

– Contratamos Bernardo, Galhardo, Bill, Patito... Além das dificuldades do mercado, estamos com muitos desfalques. O Santos também tem uma política de só gastar o que arrecada – afirma o dirigente, que garante ter levado a “alfinetada” de Muricy na brincadeira.

Após quatro meses de trabalho do superintendente, o Comitê Gestor do clube acredita ser prematuro qualquer tipo de avaliação. Até o momento, Faro tem o aval da cúpula alvinegra, que acredita que, por ele ser jovem, pode ser “moldado” de acordo com a filosofia do clube.

Formado em Direito, Faro chegou à Vila Belmiro após trabalhar por 12 anos como diretor de negócios de futebol da empresa Traffic, tendo ajuado a gerir os clubes pertencentes a empresa, como o Desportivo Brasil e o Estoril (POR). Além disso, participou das co-gestões de Ituano e Avaí e também atuou na parceria da empresa com o Palmeiras, em 2010.

Polêmicas e fracassos a parte, o Santos segue em busca de reforços. A prioridade no momento é a contratação de um centroavante. O clube observa atletas menos conhecidos, principalmente na Série B. Inclusive, o artilheiro da competição, Zé Carlos, do Criciúma, foi oferecido ao Peixe, mas seu nome não foi aprovado pela comissão. Enquanto novos jogadores não chegam, Muricy tem problemas para escalar o time contra o Náutico, domingo, nos Aflitos.

Com a palavra: Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos, em entrevista ao LANCENET!

O ambiente é tranquilo entre o departamento de futebol e a comissão. Já assinamos a renovação contratual do Muricy, temos nos reunindo direto, inclusive com a presença do Faro, não tem crise. O clima é de confiança recíproca e principalmente respeito.

O Muricy após os jogos acaba sendo muito espontâneo e ele, como todos nós, está insatisfeito em relação às contratações. Entendemos as reclamações.

Lancepress

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