quarta-feira, 22 de junho de 2011

'Fora da final', Baixada respira chance de título do Peixe com muita história








Torcedores mostram sua paixão pelo clube de diversas formas e não temem tradição do pentacampeão Peñarol, que também tem seus fãs


Acostumada a grandes partidas, nesta quarta-feira a Vila Belmiro será palco especialmente para torcedores que não conseguiram ingresso para assistir à final da Libertadores, entre Santos e Peñarol, no Pacaembu, estádio da capital paulista. Mesmo assim, as mais curiosas e tradicionais histórias que vêm da Baixada não podem ser ignoradas: a festa de verdade acontecerá mesmo a 70km de Neymar, Ganso e companhia.


Entre a garotada que cresce com a paixão pelo clube, influenciada pela família, até a pessoas que viram Pelé erguer a taça em 1962 e 1963, há muita expectativa no ar da cidade, que respira o jogo desde a última semana, quando o empate em 0 a 0 trouxe mais esperança.

Seu Joel é o barbeiro do Rei do Futebol na cidade e lembra que não foi muito difícil criar o estilo que o ídolo, agora, diz ser imitado por Neymar.


- Hoje ele não é muito exigente, porque já sei como é feito. É um trabalho de muitos anos, inventei aquele topete que se manteve uma marca até hoje - diz ele, que guarda recordações de Pelé nas paredes de seu estabelecimento.

Gravado na pele


Um outro torcedor tem 13 tatuagens do escudo alvinegro espalhadas pelo corpo, em referência a várias conquistas. Mas tem uma que se destaca, pois foi feita na festa.

- Apostei com o (Vanderlei, técnico) Luxemburgo no vestiário que, se ganhássemos o Paulista (de 2006), antes de ir para 23 anos sem esse título, faria num lugar que jamais alguém fez. Me chamaram de maluco, mas tive de cumprir, senão não voltaríamos a ser campeões - afirmou.


Por outro lado, os uruguaios reforçam a torcida como podem em São Paulo. Roberto, dono de restaurante, está radicado há muitos anos no Brasil, mas não esqueceu de sua paixão. Ele até promete churrasco gratuito para todos se o Carbonero for campeão.


- Estatisticamente, as cinco Libertadores que o Peñarol ganhou foram fora de casa. E tudo o que os uruguaios conquistaram foi na garra, na vontade. Aquela coisa de deixar a alma - crê Roberto, que tem o apoio de seus funcionários, torcedores dos clubes da capital.


Globoesporte.com

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