Sob o argumento de que o meia tem tudo para assumir vaga de Ganso, que só volta em 2011, presidente disse não à nova investida ucraniana
Na última quinta-feira à noite, o Santos recusou mais uma proposta pelo meia Alan Patrick do Shakthar Donetsk-UCR. Os ucranianos haviam oferecido, na última terça-feira, € 5 milhões (R$ 11,2 milhões). Dessa vez, aumentaram para € 7 milhões (R$ 15,6 milhões). Os agentes do jogador, Bruno Paiva, Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho, além do pai do garoto, Márcio Lourenço, se reuniram com o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, na Vila Belmiro, e apresentaram a nova oferta. A resposta foi a mesma: não.
O mandatário alvinegro explicou que já não tinha intenção de vender Alan Patrick, de 19 anos, camisa 10 e melhor jogador santista na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano (o Peixe foi vice-campeão). A lesão de Paulo Henrique Ganso, que rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo e só voltará a jogar em 2011, só ajudou a reforçar a posição do Peixe. Patrick é visto como o sucessor natural de Ganso. Esse foi um dos argumentos utilizados pelo presidente santista na reunião.
O dirigente alvinegro explicou aos representantes do atleta que o clube tem um projeto para manter Alan Patrick até pelo menos a Copa do Mundo de 2014, ano em que vence o contrato. Por enquanto, não se discute aumento salarial para o jogador, apesar do assédio, pois ele acabou de renovar seu vínculo. Assinou faz três semanas. A multa está estipulada em € 20 milhões (R$ 44,8 milhões). O Santos, porém, só tem direito a 50% dos direitos sobre o jogador. O restante está dividido entre o grupo de investimento DIS e o próprio meia.
- Eu fiquei muito feliz tanto com o interesse de um clube da Europa, quanto com a posição do Santos querer me manter aqui. Estou no clube desde os 13 anos e cresci aqui. Espero ter mais chances de mostrar meu trabalho para me firmar na equipe.
Essas chances que o jogador pede já podem começar a aparecer imediatamente, pois a volta de Ganso está prevista para fevereiro de 2011. Alan acredita que é tempo suficiente para que ele possa se destacar. No entanto, faz questão de ressaltar que não vai forçar a barra. Vai respeitar o que o técnico Dorival Júnior decidir.
- Uma vaga foi aberta e, com certeza, vou lutar pelo meu espaço no time. Claro que não foi da maneira como eu gostaria, pois o Paulo Henrique é um grande jogador, importantíssimo para o clube. Ficamos todos bastante chateados com a lesão dele. Se eu for escolhido, espero substituí-lo bem, torcendo para que ele volte o mais rápido possível – afirmou o jogador.
Globoesporte.com
Foto: Divulgação/ Santos
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