Santistas entram em campo mostrando uma frase de apoio ao camisa 10. Vitória foi oferecida ao craque, que operou neste sábado
Há vida sem Ganso. Aos trancos e barrancos, o Santos superou a ausência do craque, assim como mais um pênalti desperdiçado por Neymar (o quinto erro no ano), para vencer o lanterna Goiás por 2 a 0 neste sábado à noite, no Pacaembu.
Após um primeiro tempo enrolado, com o Peixe sem criatividade e sentindo a falta de seu principal armador, a equipe da casa desencantou na etapa final com um golaço de Zé Eduardo, de voleio, e outro do garoto Alan Patrick, meia que está sendo preparado para ser a mais nova joia da Vila Belmiro. Ganso, que teve o joelho esquerdo operado horas antes da partida foi homenageado com uma faixa pelos companheiros de time antes do início do confronto: 'Força, Ganso. A (camisa) 10 está esperando por você'.
Agora, o time comandado por Dorival Júnior está na terceira colocação, com 27 pontos, e os goianos seguem na lanterna, com 13. O Peixe volta a jogar na quinta-feira, contra o Avaí, às 21h (horário de Brasília), na Vila Belmiro. Já o Goiás, na quarta, recebe o Atlético-MG, também às 21h, no Serra Dourada.
Peixe aperta, mas Goiás equilibra
O Santos começou a todo vapor, apertando o Goiás, criando chances. O técnico Dorival Júnior optou por uma formação mais ofensiva, com Zé Eduardo, Keirrison e Neymar à frente. Marquinhos, mais recuado, tinha a missão de fazer a função de Ganso. No início, as coisas começaram a dar certo. A intensa movimentação dos atacantes alvinegros bagunçava a zaga verde, que corria de um lado para o outro sem conseguir achar ninguém. Aos oito minutos, Léo foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Keirrison, que fez até pose para cabecear. Testou firme, para baixo, como manda o manual. Mas Harley, com os reflexos em dia e bem colocado, operou um milagre.
O ímpeto santista, no entanto, foi dimuindo. O Goiás acertou a marcação, com Amaral recuando para brecar Zé Eduardo, e Rafael Tolói colando em Neymar. Com ataque, marcado, seria a vez de o meio de campo santista aparecer. Mas aí ficou evidente que não se acha um novo Ganso assim, de uma hora para outra. Marquinhos bem que tentou, mas não tem a mesma dinâmica do titular, que só volta aos campos em 2011. O Santos passou a errar muitos passes, o que não tem sido comum neste ano. Melhor para o Goiás.
O time esmeraldino, com a lanterna na mão, jogava sua vida no Pacaembu e, vendo que o bicho do outro lado não era tão feio quanto parecia, passou a tocar a bola, a abrir o jogo e a ameaçar efetivamente o gol de Rafael. Aos 23, Everton Santos dominou a bola usando a mão. O árbitro não viu. O lance seguiu e o atacante esmeraldino bateu de pé direito. Rafael abafou e Durval mandou para escanteio. Em seguida, Rafael Tolói desarmou Neymar com estilo, fez jogada de ponta direita e cruzou na área. Rafael Moura dominou e tentou de bicicleta, mandando a bola por cima do gol.
A essa altura, o jogo já era igual, com o Santos tomando a iniciativa e o Goiás levando perigo nos contra-ataques. Neymar tentava se desvencilhar da marcação, mas caía demais em campo. Em alguns lances, é verdade, o juiz fez vista grossa para os empurrões no garoto. Em outros, o camisa 11 simplesmente se atirou.
Perto do fim da primeira etapa, o Santos voltou a apertar o Goiás. Isso aconteceu porque os laterais, sobretudo Léo, passaram a chegar mais à linha de fundo. Harley se desdobrou e conseguiu limpar a área com boas saídas de gol.
Pênalti perdido e voleio vencedor
O segundo tempo começou com o Goiás dando um susto nos santistas logo aos 50 segundos, quando Bernardo dominou pelo meio, ajeitou o corpo, mediu a distância e mandou a bomba. A bola viajou e entraria no canto esquerdo de Rafael, que voou e espalmou para escanteio.
Passado esse lance, o Santos logo retomou o controle do jogo. Pressionando, andou perto de marcar logo aos dois minutos, quando Zé Eduardo foi à linha de fundo, pela esquerda, e cruzou rasteiro. Tolói chegou antes de Keirrison e cortou na hora H. K9, aliás, mostrou que está totalmente fora de ritmo. Facilmente marcado, não conseguiu completar nenhuma jogada no segundo tempo. Acabou substituído por Madson.
A mudança tornou o ataque santista mais dinâmico. Aos 24, Zé Eduardo tentou passar por Rafael Tolói e foi derrubado na área. Pênalti. Era a chance para o Peixe sair na frente. Neymar ajeitou a bola, tomou distância e bateu. Mas o tiro saiu fraco, telegrafado. Harley caiu no canto esquerdo e pegou. Foi o terceiro pênalti desperdiçado pelo camisa 11 no Brasileirão (assista ao vídeo).
Mas como tem acontecido no ano, houve quem limpasse a barra do garoto. E com estilo. Aos 30, Madson desceu com velocidade pela direita, ajeitou e cruzou de esquerda para Zé Eduardo, que entrava livre pelo outro lado. A bola veio pelo alto, o atacante ajeitou o corpo e, com um lindo voleio, abriu o placar.
Mas como tem acontecido no ano, houve quem limpasse a barra do garoto. E com estilo. Aos 30, Madson desceu com velocidade pela direita, ajeitou e cruzou de esquerda para Zé Eduardo, que entrava livre pelo outro lado. A bola veio pelo alto, o atacante ajeitou o corpo e, com um lindo voleio, abriu o placar.
Em seguida, entraram Danilo e Alan Patrick, nos lugares de Léo e Marquinhos, respectivamente. Jogadores mais leves e rápidos, eles deixaram a equipe mais perto do segundo gol. Era isso o que o Peixe precisava. O Goiás já não tinha mais forças. Corria de um lado para o outro sem conseguir brecar os garotos de camisa branca. Neymar passou a ser caçado em campo. Até seu calção arrancaram.
O segundo gol santista estava maduro. Aos 37, Patrick, aquele que é considerado o sucessor de Ganso, pegou a bola pela meia esquerda e arriscou o chute de direita. O tiro, rasteiro, entrou no canto direito. O Pacaembu explodia pela última vez.
Globoesporte.com
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