sexta-feira, 7 de maio de 2010

Magoado, Luxemburgo pede saída do quadro de sócios do Santos


Magoado, Luxemburgo pede saída do quadro de sócios do Santos

Menos de 24 horas depois de dizer que sua história com o Santos havia terminado, Vanderlei Luxemburgo decidiu romper um dos últimos laços que o mantinha ligado ao time paulista. Um dia depois de ser hostilizado por torcedores santistas na Vila Belmiro, o atual treinador do Atlético-MG anunciou, em sua página no twitter, que solicitou a sua saída do quadro de sócios do Peixe "em caráter irrevogável".


- Esta medida antecipa o desejo de alguns conselheiros que queriam me expulsar do clube - escreveu o treinador.


Após o jogo na Vila, em que o Galo perdeu por 3 a 1 e foi eliminado da Copa do Brasil, Luxemburgo garantiu que nunca mais trabalharia no Santos e que somente voltaria à Vila Belmiro "como adversário".


- O que passei hoje (quarta) aqui, depois de tudo o que fiz por esse clube, ser xingado, achincalhado, cuspido, é duro - disse o técnico, campeão brasileiro pelo clube em 2004, bicampeão paulista em 2006 e 2007 e vencedor do Torneio Rio-São Paulo em 1997.
- Me sinto honrado por ter contribuído com a grandeza do Santos, que é o clube do Pelé, e é maior do que todos. Mas escutar um presidente falar que vai assar o Galo me deixa profundamente magoado, chateado - acrescentou.


Em novembro, quando ainda era treinador do Santos, Luxemburgo disse que somente permaneceria no clube se o então presidente Marcelo Teixeira fosse reeleito, saindo em caso de vitória do atual mandatário, Luiz Alvaro de Oliveira. Este, por sua vez, sempre criticou a postura do técnico, reclamando que ele interferia em assuntos que não eram de sua competência. E antecipou que, se fosse eleito, não o manteria no cargo.


O treinador também demonstrou mágoa com o atacante Robinho, que puxou o coro contra ele na comemoração do título paulista no gramado da Vila Belmiro, na noite do último domingo. (Ô Vanderlei, pode esperar, a sua hora vai chegar).


- Fico principalmente machucado quando lembro que enfrentei arma calibre 12 na minha cara quando o Robinho estava sendo incomodado por um bandido daqui, que já está até preso. Pedi para ele não atender mais esse camarada. Depois, o cara foi me ameaçar, perguntando por que eu não queria deixar o Robinho falar com ele. No sequestro da mãe dele, fiquei ao lado, articulando tudo, dando suporte e, ao mesmo tempo, preparando a sua volta - afirmou, relembrando o drama familiar enfrentado pelo jogador em 2004.


Globoesporte.com

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