
Magoado, Luxemburgo pede saída do quadro de sócios do Santos
Menos de 24 horas depois de dizer que sua história com o Santos havia terminado, Vanderlei Luxemburgo decidiu romper um dos últimos laços que o mantinha ligado ao time paulista. Um dia depois de ser hostilizado por torcedores santistas na Vila Belmiro, o atual treinador do Atlético-MG anunciou, em sua página no twitter, que solicitou a sua saída do quadro de sócios do Peixe "em caráter irrevogável".
- Esta medida antecipa o desejo de alguns conselheiros que queriam me expulsar do clube - escreveu o treinador.
Após o jogo na Vila, em que o Galo perdeu por 3 a 1 e foi eliminado da Copa do Brasil, Luxemburgo garantiu que nunca mais trabalharia no Santos e que somente voltaria à Vila Belmiro "como adversário".
- O que passei hoje (quarta) aqui, depois de tudo o que fiz por esse clube, ser xingado, achincalhado, cuspido, é duro - disse o técnico, campeão brasileiro pelo clube em 2004, bicampeão paulista em 2006 e 2007 e vencedor do Torneio Rio-São Paulo em 1997.
- Me sinto honrado por ter contribuído com a grandeza do Santos, que é o clube do Pelé, e é maior do que todos. Mas escutar um presidente falar que vai assar o Galo me deixa profundamente magoado, chateado - acrescentou.
Em novembro, quando ainda era treinador do Santos, Luxemburgo disse que somente permaneceria no clube se o então presidente Marcelo Teixeira fosse reeleito, saindo em caso de vitória do atual mandatário, Luiz Alvaro de Oliveira. Este, por sua vez, sempre criticou a postura do técnico, reclamando que ele interferia em assuntos que não eram de sua competência. E antecipou que, se fosse eleito, não o manteria no cargo.
O treinador também demonstrou mágoa com o atacante Robinho, que puxou o coro contra ele na comemoração do título paulista no gramado da Vila Belmiro, na noite do último domingo. (Ô Vanderlei, pode esperar, a sua hora vai chegar).
- Fico principalmente machucado quando lembro que enfrentei arma calibre 12 na minha cara quando o Robinho estava sendo incomodado por um bandido daqui, que já está até preso. Pedi para ele não atender mais esse camarada. Depois, o cara foi me ameaçar, perguntando por que eu não queria deixar o Robinho falar com ele. No sequestro da mãe dele, fiquei ao lado, articulando tudo, dando suporte e, ao mesmo tempo, preparando a sua volta - afirmou, relembrando o drama familiar enfrentado pelo jogador em 2004.
Globoesporte.com
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