Matemática que dá esperança também complica o Santos

Time faz as contas para Libertadores. Mas para conseguir chegar lá terá de fazer algo que ainda não conseguiu neste Campeonato Brasileiro

Mesmo em 13º lugar, com apenas 40 pontos, sete atrás do G-4, e faltando apenas nove rodadas para o fim do Brasileirão, os santistas mantêm um discurso que parece ensaiado: o Santos ainda luta por uma vaga na Taça Libertadores. Todos se agarram à matemática e dizem que, enquanto houver uma ponta de esperança que seja, não irão mudar a retórica.

Acontece que a mesma matemática que dá esperança também joga contra as pretensões alvinegras. Desde que o Brasileirão passou a ser disputado por 20 equipes, no sistema de pontos corridos, em 2006, ninguém conseguiu garantir vaga na Libertadores com menos de 60 pontos. Esse índice foi alcançado pelo Cruzeiro em 2007.

Acontece que a Raposa chegou em quinto lugar e foi beneficiada pelo fato de o Fluminense, que já tinha espaço assegurado na competição continental por ser campeão da Copa do Brasil, ter terminado em quarto, com 61. No ano passado, o Palmeiras precisou de 65 para garantir o quarto posto. Já em 2006, o próprio Peixe ficou com a quarta vaga somando 64.

Levando-se em conta uma projeção mais otimista e considerando os 61 pontos que o Fluminense fez em 2007, o Santos terá de somar 21 nos nove últimos jogos. Ou seja, precisa vencer sete dessas partidas. Isso seria uma reação e tanto. Afinal, o time jamais conseguiu sequer três vitórias seguidas neste Brasileirão.

Obteve dois triunfos consecutivos apenas duas vezes: na terceira e quarta rodadas (4 a 1 sobre o Fluminense e 3 a 1 sobre o Corinthians) e na 15ª e 17ª (2 a 1 sobre o Náutico e 1 a 0 sobre o Coritiba) - na 16ª rodada, o Peixe empatou com o Internacional, mas esse jogo foi remarcado. - Eu havia dito há algumas rodadas que estava difícil e agora ficou ainda mais. Agora, temos de tentar uma seqüência de cinco ou seis vitórias para voltar à briga. Mas é complicado - reconhece o técnico Vanderlei Luxemburgo.

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