terça-feira, 14 de julho de 2009

No adeus ao Peixe, Mancini se apega aos números e revela desconforto de Teixeira

Demitido na segunda, treinador diz que presidente do Santos não se sentiu bem ao mandá-lo embora da Vila

Com um semblante abatido, Vagner Mancini falou pela última vez no CT Rei Pelé, na tarde desta terça-feira. Demitido do Santos após a derrota por 6 a 2 para o Vitória, no último domingo, o treinador agradeceu a diretoria alvinegra pelos cinco meses em que esteve à frente do time e se apegou aos números no seu adeus.

- Nesses cinco meses tivemos 61,5% de aproveitamento dos pontos, o que torna uma coisa saudável. Saio sabendo que aquilo que deu para fazer foi feito, baseado em fatores e conceitos importantes em uma caminhada. Obrigado à torcida que apoiou o time e tenho de vir falar abertamente porque senti na pele o apoio deles, desde que cheguei aqui até hoje, quando saio – disse Mancini, que dirigiu o time em 20 partidas e perdeu apenas seis.

Na chegada a Santos, na tarde da última segunda-feira, o time foi recebido na porta do CT Rei Pelé com ovos pela torcida. Antes disso, no aeroporto, a equipe driblou os torcedores, que a esperava com pipocas, e saiu sem passar pelo saguão. Mais tarde, o treinador se encontrou com o presidente Marcelo Teixeira, que o comunicou sobre a sua demissão.

- Não tenho mágoas de ninguém. Sobre a conversa com o Marcelo, vou até abrir que ele se sentiu desconfortável nessa demissão. Isso mostra tudo o que foi vivido – comentou. No tempo em que passou no Santos, Mancini foi vice-campeão do Paulista e viu a equipe ser eliminada da Copa do Brasil pelo CSA, de Alagoas, dentro da Vila Belmiro.

Recentemente, ele disse que havia alguém no clube entregando as discussões que aconteciam dentro do elenco. Na entrevista, o treinador falou que o assunto “dedo-duro” não lhe dizia mais respeito. E se esquivou quando perguntado se jogador derrubava técnico. - Difícil responder. Não vou me alongar nessa resposta – finalizou.

Globoesporte.com

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