Estrelas do clássico deste domingo têm muito em comum na vida Neste domingo à tarde, Ronaldo e Neymar serão, pela primeira vez, adversários. Mesmo sem jamais terem atuado juntos, ele e o Fenômeno sempre estiveram do mesmo lado.
É possível comparar o primeiro passo de um menino ao primeiro gol de um jogador? Enquanto Neymar aprendia a caminhar, em 1993, com um ano, o adolescente Ronaldo aprendia a deixar milhões de pessoas felizes. Primeiro os cruzeirenses, com finalizações certeiras.
Ambos vestiram no mesmo ano a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez: em 94, Neymar, sem saber o que significava aquele pano amarelo, torcia por um dentuço, de traje igual, festejar o título mundial. Ainda como coadjuvante.
Neymar ganhou asas para ir sozinho ao banheiro. Ronaldo para ir à Holanda, Espanha, Itália. E já era bi-melhor do mundo quando Neymar vestiu a camisa do Tumiarú.
Nenhum dos arranhões escolares de Neymar doeu tanto quanto as cinco cirurgias nos joelhos (quatro no direito, uma no esquerdo) de Ronaldo. E até nesses momentos, ambos estavam do mesmo lado.
– Sempre peguei os times dele no vídeo game. Ele é sempre um dos melhores do jogo, faz muitos gols.
Nem é preciso dizer de quem é, e sobre quem é essa frase. Até o corte de cabelo já foi igual. O de Neymar, uma falha da mãe, foi visto pelos amigos. O de Ronaldo, golpe de mídia, foi visto por todo o planeta.
E se o encontro de 2005, em Madri, jamais saiu da cabeça de Neymar, deve ter voltado à lembrança de Ronaldo quando o corintiano, radiante pelo primeiro gol no novo clube, viu o santista marcar o seu primeiro gol como profissional.
Destino? Neymar não viu ídolos de Ronaldo jogarem, como Zico e Van Basten. Neste domingo, jogará contra o seu ídolo. Pela primeira vez, em lados opostos. Mas do mesmo lado dos que gostam de bom futebol.
Lancepress!
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