quinta-feira, 5 de março de 2020

Jobson explica permanência no Santos apesar de Sampaoli: “Só Deus sabe o que passei com ele”


Jobson vive novo momento no Santos (Foto: Divulgação/SFC)

A noite da última terça-feira foi de alívio para Jobson. O volante do Santos fez gol logo na estreia pela Libertadores da América e teve a certeza do acerto ao dizer “não” para outros clubes.

Destaque do Campeonato Paulista pelo Red Bull Brasil em 2019, Jobson recebeu algumas propostas. E escolheu o Peixe, seu time do coração, onde deu seus primeiros passos em escolinha de Itapecerica da Serra. A expectativa alta, porém, virou frustração pela falta de chances com Jorge Sampaoli.

Jobson passou meses só treinando e a inatividade chamou a atenção de clubes como Botafogo e Cruzeiro. A opção, porém, foi ficar. E nem as quatro oportunidades na reta final do Brasileirão deixaram boas memórias do técnico argentino.

“Santos é onde eu sempre quis estar. Tive várias propostas e abri mão de todas para estar aqui. Não vou sair daqui pelas portas do fundo sem mostrar meu futebol. Pretendo marcar meu nome na história do clube e foi isso que me fez me manter aqui. Até o último dia de inscrição do Brasileiro do ano passado tentaram me tirar daqui, mas, como disse, eu só saio quando a torcida e o mandatário do clube não me quiserem mais. Mas tem que ser dada a mim a oportunidade de eu mostrar meu futebol”, disse Jobson, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, antes de falar sobre Jorge Sampaoli.

“Às vezes as coisas não acontecem da maneira que imaginamos. O Sampaoli tem seu jeito. Tem suas preferências. Tem seus motivos. As alegações dele para que eu não jogasse às vezes me deixavam sem entender o que estava acontecendo. Só Deus sabe o que eu passei com ele. Mas Graças a Deus essa fase já passou”, completou.

A fase passou e Jobson está nos planos de Jesualdo Ferreira. O volante vivia a expectativa de substituir Alison contra o Defensa y Justicia, na Argentina, mas Evandro saiu jogando. O camisa 8 entrou em seu lugar e fez o gol de empate, abrindo o caminho para a virada.

“Eu imaginei que pudesse ser o titular, mas quando ele disse o time que ia jogar, fiquei pensativo, mas jamais baixei a guarda pois sabia que íamos estrear em uma Libertadores e que ia precisar de todo mundo focado e pensando no mesmo objetivo que era a vitória. E o futebol às vezes tem roteiros surpreendentes. De uma frustração talvez de não entrar jogando acabou que Deus me coroou com um gol do Santos na Libertadores e meu primeiro gol com a camisa do Santos. Estou muito feliz”, afirmou.

Segundo volante de origem, Jobson tem treinado em várias funções. A preferência de Jesualdo, porém, é utilizá-lo como camisa 5. 

“Ele já me utilizou de 5, 8 de 10 e até de zagueiro. Ele sempre me fala que com a qualidade técnica que eu tenho, tenho que saber jogar em todas essas posições, que eu tenho condição. Basta eu me empenhar pra fazer o que a posição pede. No passado, alguns treinadores enxergavam esse potencial em mim, de criar as jogadas desdE trás e com esse ponto positivo de chegar à frente.

Graças a Deus consegui colocar em prática (na terça) e fui muito feliz. Espero poder crescer ainda mais pra ajuda a equipe e o próprio Santos”, concluiu.

Em alta, Jobson vive a expectativa de ser titular contra o Mirassol, sábado, na Vila Belmiro, pela nona rodada do Campeonato Paulista.

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