domingo, 28 de julho de 2019

Sampaoli, após Santos assumir a liderança: "Nosso maior rival agora somos nós mesmos"


Veja como foi a entrevista do técnico após a vitória sobre o Avaí, neste domingo

Por Globoesporte.com


Técnico do novo líder do Campeonato Brasileiro, Jorge Sampaoli, do Santos, não escondeu a felicidade por chegar à ponta do torneio após a vitória por 3 a 1 contra o Avaí, neste domingo, na Vila Belmiro, em jogo válido pela 12ª rodada.

Com o triunfo, o Santos abriu dois pontos de vantagem para o Palmeiras, agora segundo colocado.

– Feliz pela liderança, jogadores se esforçam muito para competir como foi hoje. Sabendo que nos faltam muitas coisas. A ideia se manteve intacta. E isso nos deixa felizes – disse Sampaoli, em entrevista coletiva após a partida.

– Temos que saber que nosso maior rival agora somos nós mesmos. O ânimo está alto. O futebol muda muito rápido. É preciso estar atento e concentrado. Agora, quero apertar para que melhorem, para que fixem os conceitos e joguem como jogaram hoje. Gerando chances de gol, atacando e pressionando. Precisamos desse estado de ânimo que nos permita melhorar – emendou.
Jorge Sampaoli em Santos x Avaí — Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Ainda assim, Sampaoli manteve os pés no chão quando perguntado se o Santos passou a ser o "time a ser batido" no Brasileirão.

– Vamos ver daqui para frente. Chegamos em um ponto que veremos se vamos conseguir manter o primeiro lugar jogo a jogo. Embaixo de nós, temos equipes que já deram resultado. O desafio é o que vem. Chegamos agora na liderança e pode durar muito pouco. É um desafio com nós mesmos – falou o argentino.

Sampaoli explicou a opção por iniciar o jogo com Derlis González, que ainda não havia atuado após a Copa América. O paraguaio foi o autor do gol que abriu o placar na Vila Belmiro.

– Sobre Derlis, na semana, depois da Copa América, estava muito bem nos treinos. Por 

isso, para esse jogo, pensei que fosse o ideal pela ponta direita. Ele está focado. Vai nos ajudar muito. Vai brigar por uma vaga entre os titulares.

O argentino também enalteceu Soteldo, o melhor em campo na avaliação do GloboEsporte.com.

– No futebol o tamanho não é referência. Soteldo é um ponta que no mundo não conheço muitos que propõe o 1 x 1 tanto tempo e tantas vezes. Para nós, é muito importante que esteja bem. Hoje, não estava 100%. É claro, muito diferente dos demais. É muito jovem. Não creio que o físico atrapalha. Se não fosse assim, não teria tanta velocidade. No Brasil, há vários jogadores habilidosos e pequenos.

O elenco do Santos volta aos trabalhos na manhã desta segunda-feira, quando realiza um jogo-treino contra a equipe sub-23, no CT Rei Pelé, sem acesso à imprensa.

O próximo jogo do Peixe no Brasileirão é contra o Goiás, no domingo, às 11h (de Brasília), na Vila Belmiro. O Palmeiras, por sua vez, tem o dérbi contra o Corinthians, fora de casa.

Outras respostas de Sampaoli:

Favorito ao título

– Eu creio que o que disse sobre o Palmeiras. Tudo nos custa muito. Empataram o jogo. Tivemos uma pequena confusão. Nessas coisas, é preciso ver como nos reorganizamos. É preciso saber que virão adversidades e como vamos lidar com ela. É evidente que a equipe se consolide brigando com equipes que formaram grandes time com grandes contratações. Vamos tentar sustentar isso sabendo que cada jogo será mais difícil. Sabemos que estamos momentaneamente no primeiro lugar.

Por que o Santos é o líder?

– O grupo comprou a ideia. Se esforça muito durante a semana. Temos a mesma intensidade nos treinos do que no jogo de hoje. Por isso, encaramos jogos com humildade. Encontramos um lugar que não esperávamos. O grupo merece essa chance que nos deu o torneio. Para seguir acreditando a cada domingo.

Sasha x Uribe

– Precisávamos decidir pelo camisa 9 porque coloquei o Derlis. Hoje, sacar o Sasha custa muito. Funciona muito bem na equipe. Joga na contenção, nos faz jogar. É um jogador incrível. Sasha gera um monte de situações a nosso favor. Jogar para o companheiro. Como eu joguei com um camisa 9 só, Uribe terá que esperar.

Mais liderança

– Sempre tive a curiosidade de trabalhar no Brasil. Estar em um clube como o Santos e sentir que estamos bem e temos chances, me dá muita alegria pelo grupo, pelas pessoas que trabalham comigo, pelos jogadores, que fazem um sacrifício enorme. Era muito difícil me encontrar líder depois de 12 rodadas em um dos campeonatos mais difíceis do mundo. Isso me dá muita alegria.

Carinho da torcida

– Não imaginava. O carinho é o que percebo da gente é exagerado. O futebol gera auto-pressão. Eu convivo muito com a gente do dia a dia e estão ilusionados. Hoje, lotamos o estádio e isso estava pendente entre nós e a torcida. Seguramente, vai estar lotado semana que vem. Que a torcida venha, depende do que fazem os jogadores. Fico feliz com a aceitação que tive aqui com um país que não é o meu e com pessoas que me tratam tão bem.

Um comentário:

Geraldo Oliveira disse...

Esse Sampaoli tem suas esquisitices,mas sem dúvida faz a diferença