segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Andreas revela lobby de Lukaku pela Bélgica e afirma que jogaria de graça pelo Santos


Meia-atacante vai defender a seleção principal pela primeira vez em amistosos em setembro

Por Globoesporte.com

A escolha de Andreas Pereira por defender a seleção brasileira foi feita sem pestanejar. Mesmo tendo vestido a camisa da Bélgica nas categorias de base, o jogador nascido em Duffel queria realizar o sonho de criança, alimentado por toda a família, de origem brasileira. Antes de dar a palavra final, no entanto, o meia-atacante do Manchester United ouviu um apelo de peso. Lukaku, camisa 9 da Bélgica na última Copa e do United, fez lobby para que ele seguisse na seleção europeia.

- Ele tentou me convencer. Falou comigo: “Você tem que jogar pela Bélgica”. Ele veio falar comigo, vem falando sempre comigo. Falei para ele “É difícil, Lukaku, não dá, não é igual. Jogar pela Bélgica é outra coisa. Jogar pela seleção... É o Brasil, me sinto em casa.” Aí ele falou. “Se é isso mesmo, tem que seguir seu coração”. E aí ele respeitou minha decisão.

Andreas Pereira em ação pelo Manchester United (Foto: Matthew Peters/Man Utd via Getty Images)

Andreas diz que sempre se sentiu brasileiro e que na Bélgica é visto como estrangeiro. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, ele estava no país fazendo tratamento de uma lesão e sofreu com os amigos europeus tirando sarro pela vitória por 2 a 1 nas quartas de final na Rússia.

- Foi complicado. Estava na Bélgica assistindo e foi difícil ver o Brasil perder. Todo mundo me zoando. Nossa, foi... Fiquei muito bravo. Eu estava tratando. Meu amigo, eu tenho um amigo da Bélgica, estava assistindo com ele. Eu não consegui, saí do quarto, nossa, fiquei muito... nossa, não deu. Fiquei muito doido. E eles tudo zoando, os amigos do meu pai falando “Nossa, olha o Brasil aí, tem que escolher a Bélgica, tem que escolher a Bélgica”. Falei, “nossa, não dá, não dá” – lembrou.


O coração brasileiro de Andreas é santista. Os parentes que ainda moram no Brasil são de Londrina, no Paraná. Eles até nutrem simpatia pelo Atlético-PR, mas o desejo é que, um dia, o meia-atacante possa defender o clube para o qual todos torcem.

- Sou santista. Minha família inteira é santista e cresci sendo santista. Se for para jogar eu prefiro jogar no Santos, encerrar minha carreira lá. Acho que é um sonho.

- É um sonho mesmo. Quem sabe depois do Manchester já, ganhando “uns par” de títulos aqui.

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