quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Desconfiado da oposição, Peres diz que Santos não desistiu do caso Sánchez


Presidente do Santos suspeita de participação da oposição do clube no caso de Carlos Sánchez (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O presidente do Santos, José Carlos Peres, desconfia de participação da oposição no caso de Carlos Sánchez, escalado irregularmente na ida das oitavas de final da Libertadores, contra o Independiente-ARG, em Avellaneda. O fato fez com que a Conmebol declarasse o Peixe derrotado por 3 a 0.

De acordo com o Peres, havia a fofoca de uma “bomba a estourar” no clube. Vale lembrar que o presidente responde a dois pedidos de impeachment no Conselho Deliberativo e a imprensa argentina publicou que um jornalista brasileiro alertou o Independiente sobre a suspensão de Sánchez.

“Seria lamentável que toda essa confusão fosse causada (pela oposição). Cada semana tem uma. Parece um terreno dinamitado. Não sabemos onde estão as minas. Na semana passada, falavam de uma bomba a estourar. Pode ser outra, mas é suspeito, por isso muita gente acha que partiu de lá (oposição). Acreditamos no amor ao clube, oposição é na eleição, que só vai acontecer em dezembro de 2020. Estamos aqui humildemente pedindo ajuda de todos os santistas, no Conselho, sócios e torcedores. É hora de dar as mãos e elevar o clube a um patamar maior”, disse Peres, em evento na Federação Paulista de Futebol.

O presidente do Santos ainda diz que o clube não desistiu da defesa para o caso de Sánchez. O Peixe teria o apoio do Racing, que enfrentou o River Plate e Zuculini, também escalado irregularmente. Como não houve queixa no tempo correto, a Conmebol não anunciou qualquer punição técnica.

“Fizemos tudo que podemos, fomos com cinco advogados para julgamento pré-determinado a culpar. E assim mesmo fizemos defesa grande. Concordaram com tudo os três juízes. Levamos provas. Se entrar no sistema, é responsabilidade da Conmebol, dados reais. Temos uma prova maior que o nosso jogador Dodô foi expulso e 20 minutos estava lá “a cumprir, um jogo”. Caso do Sánchez é zero jogo a cumprir. É erro crasso. Entramos com defesa novamente e vamos para o CAS (Conselho Arbitral do Esporte), infelizmente. Racing nos procurou e também vai. Se for o caso, até paralisar a competição. Competição ficou contaminada”, completou o presidente.

Se a Conmebol der razão para o Santos, o 0 a 0 da ida seria mantido e, com o 0 a 0 da volta, no Pacaembu, alguma solução inédita precisaria ser aplicada, como uma terceira partida ou decisão por pênaltis. Internamente, dirigentes não veem solução e esperam vitória judicial por “honra”, além de multa em dinheiro.

Um comentário:

Bruno disse...

Não duvido de nada. Um cara com 11 anos de Santos 4 anoa fazendo a mesma coisa errar assim.