Técnico pediu agilidade na renovação do defensor e não vê outra saída para Cittadini se não deixar o Santos (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)
Por Diário do Peixe
Após a demissão de Jair Ventura, o Santos anunciou no final de julho a contratação do técnico Cuca. O comandante chegou para sua segunda passagem pelo Peixe. Ainda conhecendo o elenco, Cuca herdou os reforços e os problemas do elenco santista.
Coube ao técnico promover as estreias do uruguaio Carlos Sánchez, do paraguaio Derlis González e do costarriquenho Bryan Ruiz. Além das três ‘boas novas’, Cuca está lidando com problemas antigos no Peixe: as renovações de contrato de Léo Cittadini e Robson Bambu e o comandante revelou opiniões diferentes para as duas em entrevista exclusiva ao Diário do Peixe.
O Diário apresenta essa entrevista dividida em três partes.
Diário do Peixe: Com a recente saída de David Braz, o Santos ficou com apenas quatro atletas para a posição de zagueiro. Entre eles está Robson Bambu que tem negociações arrastadas pela renovação contratual. O que pensar para esse setor?
Cuca: Quatro que viraram três porque o Luiz Felipe teve uma lesão grave, coisa de um mês. O Bambu vence o contrato em novembro. Conversei com ele e com o presidente pra apressar esse processo pra não acontecer com ele o que aconteceu com o Léo Cittadini. Essas situações a gente tem que melhorar aqui. Isso é o beabá, é o básico. Com seis meses o jogador pode assinar outro contrato, aí não adianta reclamar que ele não quer assinar. Por que a gente não faz antes? Bambu é jovem e promissor, daqui a pouco vamos contar com ele.
Diário: Caso essa renovação não aconteça, o Santos vai ter que ir ao mercado?
Cuca: Sim, não tenha dúvida, mas é melhor a gente renovar com quem a gente tem aqui e já conhecemos primeiro.
Diário: Outra renovação arrastada é a do meia Léo Cittadini. Ele interessa a alguns clubes da Europa e não aceitou a última proposta feita pelo Santos. O contrato vai até o final do ano e o presidente chegou a ameaçar rebaixar o jogador para o time sub-23. O que fazer nesse caso?
Cuca: Eu gosto do futebol do Cittadini, mas tem uma distância a ser percorrida. Ele está nesse processo de não ter renovado e já tem um certo desgaste com clube, torcida e diretoria. Não vejo ele 100% à vontade no Santos. Existem clubes que o querem. O mais certo a se fazer é abrir o jogo. ‘Cittadini, qual é o clube que te quer?’ É a Sampdoria, por exemplo. Então tá, final do ano você vai poder ir livre, mas até o final do ano você vai ter que ficar. Como fica a cabeça dele aqui? Ele vai ter cabeça pra jogar? Automaticamente que não. Santos vai ganhar o que com isso? Nada. Então vamos perder o mínimo possível! Vamos falar com a Sampdoria, eles trazem uma proposta. Temos um jogador nossa de lá que é o Dodô, podemos fazer uma composição. Aí o Cittadini vai, segue a vida dele e a gente busca uma outra alternativa no mercado. Entendo que é o caminho que devemos fazer.
Diário: Você sentiu ele sem cabeça na partida contra o Atlético-MG quando você utilizou ele na segunda etapa?
Cuca: Não, mas eu me colocando no lugar dele, ia passar um milhão de coisas na cabeça se eu pudesse estar no final do ano em outro time e não estar 100% aqui. Isso aconteceria com qualquer um. Temos que ajudar o jogador e o clube a fazer a melhor coisas o quanto antes. Fizemos isso com o Vecchio e com Braz, temos que resolver isso com ele também.
Diário: Temos observado o Renato ganhar mais oportunidades desde a sua chegada. Você chegou a conversar com ele e dizer que iria precisar dele? É um jogador da sua confiança?
Cuca: Não conversei. Perguntei como ele estava na preparação física e me falaram que ele estava bem. Sei da história dele e de tudo que pode produzir. Não é um jogador pra jogar todos os jogos, mas é muito importante jogando ou não. Renato fora de campo é um exemplo pra todos esses meninos, é importante pra nós todos.
Diário: O Derlis González já atuou pelas duas pontas, mas também chegou a fazer a posição de meia-ofensivo pelo centro. Você vê nele características pra, em uma necessidade, poder ser utilizado como camisa 10?
Cuca: O pouco que eu conheço ele, é de velocidade pelos lados do campo. Isso a grosso modo. Pode até ser que ele venha a fazer esse trabalho, mas eu acho que a principal característica dele é o lado do campo: pela direita cruzar forte e pela esquerda cortar pra dentro pra bater. É o que eu tenho sentido dele.
Diário: Como está o Bryan Ruiz? Falou-se em desequilíbrio muscular e deu pra ver ele ainda lento no jogo contra o Ceará, até pela condição do gramado também. É um jogador que está nos planos?
Cuca: O Bryan não é um jovem. Ele precisa de cuidados. Eu cuido de todo mundo igual, ele teve um tempo trabalhando pra fortalecer e arrumar a vida dele fora de campo. Não tem o que falar. Esse tipo de jogador você tem que pôr na arena. Vamos pôr no jogo e ele vai mostrar pra todo mundo o potencial dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário