sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Saiba como Santos se encantou por destaque da temporada e gastou R$ 15,2 milhões para tirá-lo da Alemanha

Velocidade, dribles e grande número de assistências. Essas foram algumas das características que fizeram com que o Santos monitorasse Bruno Henrique por dois anos antes de trazer o atacante para a Vila Belmiro. Hoje, o camisa 27 é o destaque da equipe e o segundo maior garçom do Campeonato Brasileiro, com 11 passes para gol.

Um dos responsáveis por acompanhar o jogador e colher suas informações quando ele ainda defendia o Goiás foi Lucas Matheus, analista de desempenho do clube santista.


"Perdemos o Geuvânio, que foi vendido para a China no ano passado. Era um atacante que atacava e defendia com eficiência. Tínhamos estudado o Bruno Henrique e fizemos pesquisa e consultamos os profissionais que trabalhavam com ele", disse durante o II Debate Pense Bola, em São Paulo, evento que reuniu treinadores, analistas e profissionais que trabalham com futebol. 

Na avaliação do Santos, Bruno Henrique poderia desempenhar uma função semelhante a de Geuvânio. Matheus disse que foi o momento em que decidiram aprofundar a análise do atacante. Isso foi feito por meios dos programas de computador como Wyscout e Instart, além de consultas em sites como Transfermarkt e Ogol. 

O departamento de análise de desempenho do Santos também consultou o Cepraf ( Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol) para saber o histórico de lesões do atacante.

Mesmo com a saída do atacante para o Wolfsburg, da Alemanha, o time alvinegro continuou o acompanhando. Após ser aprovado pela comissão técnica, o jogador foi comprado no começo deste ano por 4 milhões de euros (cerca de R$15,2 milhões).

"Vimos que, mesmo ele sendo um atacante, ele tinha muitos passes para finalização e parecia muito um armador. Uma média de três passes para finalização por jogo, além do drible. Ele não é um jogador fominha. Tanto é que se tornou o segundo em assistências no Brasileiro esse ano. Só atrás do Gustavo Scarpa [meia do Fluminense], que tem 12", contou Lucas.

Outra parte que chamou atenção do time alvinegro foi a eficiência do jogador de 26 anos no jogo aéreo.

"O Bruno tem um porte físico alto [1,87m], o que nos ajuda na bola parada. Ele vencia muitos duelos até mesmo na parte defensiva. Fizemos um estudo minucioso e vimos que ele ganhava de atletas com até 1,90m. Ele nos ajudou a levar somente um gol de bola aérea de escanteio no Brasileiro", relatou.

Com a bola nos pés, Bruno Henrique também inferniza as defesas adversárias. Prova disso foi o belo gol que marcou na vitória do Santos por 4 a 2 sobre o Flamengo, na Vila Belmiro, pela Copa do Brasil. 


"Ele se encaixou bem e essas ações chamaram atenção. Ele desenvolveu essa característica de enfrentamento no um contra um pelo lado. Esperávamos essa função e a gente foi presentado com o golaço que ele marcou contra o Flamengo", afirmou o analista.

A escolha não poderia ter sido mais acertada. Nesta temporada, Bruno Henrique fez 51 jogos e marcou 17 gols. ESPN

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