Na reta final, Peixe não demonstra espírito de campeão. Para piorar, em meio a baixa de titulares, vê poucas boas opções à disposição
Há 20 dias, o Santos venceu o Palmeiras por 1 a 0 na arena do rival e ficou a oito pontos do Corinthians. A vitória maiúscula colocou o Peixe no posto de principal caçador do líder. Três rodadas e empates depois, os santistas estão a nove pontos do topo e caíram da segunda para a quarta colocação. O sonho do título ficou distante.
Dois motivos explicam o fato de o Santos não estar colado no Corinthians: falta de ambição e de qualidade técnica em todos as posições do elenco. Nos empates contra Ponte Preta, Vitória e Sport, times da parte de baixo da tabela, o Peixe não pareceu um candidato ao título. Esbarrou na falta de opções e também em escolhas equivocadas do técnico Levir Culpi.
Contra a Ponte, o Santos saiu atrás, empatou ainda no primeiro tempo e, depois, não agrediu o adversário como poderia. No final, sofreu pressão. Diante do Vitória, tomou o primeiro gol novamente, empatou, ficou atrás mais uma vez, igualou o placar, mas não teve forças para virar. Por fim, no Recife, fez o primeiro gols aos minutos. Depois só se defendeu. Quase nos acréscimos, quase chegou à vitória com Kayke. Sozinho, o centroavante chutou por cima do gol.
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Levir Culpi não conseguiu dar ao Santos ritmo de campeão nesta reta final (Foto: Ivan Storti / Santos FC)
Nos três compromissos, faltou ao time brigar mais pela vitória, mesmo se fosse na marra. Se na técnica as coisas não ajudavam, era momento de correr mais, de disputar cada bola, de correr para bater uma falta ou um lateral... Não foi o que se viu.
Para piorar, Levir se mostrou satisfeito com o empate. Nas entrevistas depois dos jogos com Ponte e Sport, comemorou o ponto conquistado. Só lamentou o tropeço diante do Vitória no Pacaembu, quando reclamou da falta de vibração da equipe.
E como se não bastasse a falta do tal espírito de campeão ao Peixe, é preciso reconhecer a carência de opções qualificadas no elenco, algo notório quando há desfalques. Com Victor Ferraz, Renato e Bruno Henrique no departamento médico e outros em má fase, como Zeca e Lucas Lima, a comissão técnica se vê com poucas alternativas.
Contra a Ponte Preta, Levir não fez qualquer substituição. Criticado, resolveu mexer três vezes diante de Vitória e Sport. Vecchio, Serginho e Lucas Crispim no Pacaembu. Copete, Vecchio e Kayke na Ilha do Retiro. Nenhuma mudança surtiu efeito.
A defesa, que só perdeu Ferraz e vê Daniel Guedes como substituto, se mantém regular. O problema está no meio-campo e, principalmente, no ataque. Levir admite a deficiência.
– O que me incomodou é que nós perdemos a velocidade pelos lados, que é nosso ponto forte. Tínhamos de produzir por dentro. O Copete que não vinha em uma situação muito legal precisa recuperar. Ele é importantissimo no sistema. Nós perdemos a nossa carcteristica principal. Essas mudanças pesam – disse.
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Sem Bruno Henrique, o Santos olhou para o banco e não viu boas opções (Foto: Marcos Ribolli)
O problema é que, em teoria, há opções para as pontas. Mas elas não vêm sendo produtivas. Bruno Henrique é destaque. No mais, neste momento, não há quem viva boa fase. Copete teve queda de rendimento. Thiago Ribeiro e Vladimir Hernández nem sequer foram relacionados. Lucas Crispim jogou duas vezes (e mal) no ano. Arthur Gomes não atua desde julho. Nilmar está afastado por depressão.
A saída de Levir foi improvisar meias na função, como Jean Mota e Serginho. O primeiro se deu melhor pelos lados do campo e deve formar o quarteto ofensivo ao lado de Lucas Lima, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira nas próximas partidas.
Nas nove últimas rodadas do Brasileirão, Levir precisa ser criativo para encontrar soluções e fazer o Santos ainda sonhar com o título. E o grande desafio é melhorar o desempenho do time em conversas, já que os treinamentos são raros. As escalações contra Vitória e Sport não foram ensaiadas em campo. Na véspera dos jogos, a comissão técnica liberou o rachão. E assim será antes da partida contra o Atlético-GO.
O elenco voltará a Santos na sexta, sem treino. E a programação é de apenas um recreativo no sábado, única atividade antes da partida na Vila Belmiro, domingo, às 17h. Sem ambição e elenco, já é difícil. Com a falta de treinamentos, então, fica quase impossível sonhar com a taça. Globoesporte
2 comentários:
Boa tarde!! Alguns dias atrás éramos fortes candidatos à oferecer riscos aos gambás, agora do jeito estamos vendo esses jogos medíocres e esse técnico sem vontade de conhecer comandar nosso Santos, já estamos na atual realidade de até colocar em risco nossa Libertadores do ano que vem!!! Esta vergonhoso!! Não sei o que acontece, sempre vendemos bons jogadores e nunca conseguimos ver retorno em investimentos de boas contratações, jogadores que antes mostravam serviço, agora parecem que jogam sem ambição nenhuma. Complicado, é Neymar dizendo torcer para o Palmeiras, Lucas Lima dizendo que se ficar no Brasil vai para o Palmeiras, tá difícil!!!
Mandem embora esse monte de jogadores que só levaram grana do clube e não fizeram nada por ele.....Levir não é técnico para o Santos....isso é notório....coloquem o Elano e pensem no Fernando Diniz que me parece um bom nome.....coloquem os mlks da base para jogarem...temos um elenco fraco, mas os adversários também não tem times fantásticos....precisamos ter jogadores com vontade de ganhar o que não se vê há muito tempo no Santos...precisamos mudar rápido para sonharmos com a Libertadores de 2018 já que o Brasileirão ficou longe por incompetência técnica dos jogadores e desse técnico que só está pensando na grana dos japoneses
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