quinta-feira, 22 de maio de 2014

Aranha nega pressão, mas alerta sobre cobranças a Oswaldo


O goleiro Aranha deixou o Estádio Serra Dourada minimizando o empate por 2 a 2 do Santos diante do Goiás, nesta quinta-feira. O camisa 1 alegou que ainda não sente pressão em torno do elenco santista após mais um tropeço na competição, mas acredita que a equipe precisa estar preparada para o aumento das cobranças em torno do cargo do técnico Oswaldo de Oliveira.

"Não vejo pressão alguma (ao elenco). Fizemos um bom trabalho no primeiro semestre, mas não começamos com vitórias no Brasileiro, ainda que estejamos nos apresentando muito bem", disse.

"A gente que é profissional e está há tanto tempo na primeira divisão sabe como são as coisas e que a pressão é grande (em torno do treinador). Precisamos estar preparados", completou.

Oswaldo se viu pressionado publicamente no cargo a partir de uma manifestação do vice-presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Henrique da Fonseca Filho. O conselheiro pediu pela saída do treinador na reunião que aprovou as contas do exercício 2013 e foi aplaudido por quase todos os ainda presentes na sessão.

O treinador, no entanto, rebateu o pedido direcionado de demissão. Oswaldo citou não sentir pressão no cargo, condenou a postura do dirigente, alegando que recebia "tapinha nas costas" e elogios direcionados do mesmo, e se defendeu da má fase no clube criticando problemas acarretados por falhas da própria diretoria.

publicidade"Isso (de pressão) é muito relativo. Eu já tenho muitos anos no futebol para me sentir pressionado, sei como é isso. Essa pessoa que falou isso é uma que dava tapinha nas costas aqui e dizia que o trabalho era maravilhoso", disse o treinador.

"Perdemos jogadores para a Seleção, outros por lesão. O meu time inicial teria Vargas, Damião e Montillo. Essas coisas são relativas e envolventes do que está acontecendo. O torcedor toda hora vai falar. Perdeu um jogo, fala. Ganhou, elogia. Agora, o diretor, não, precisa ter uma outra postura e fazer aquilo que lhe compete. E muitas vezes não tem, principalmente em ano eleitoral, conheço o Santos. Adoro a cidade, adoro o clube, sou apaixonado, mas a gente sabe aqui como as coisas acontecem. 

A gente vê muitas vezes notícias muito localizadas em um só jogador e fica o ano inteiro falando naquilo. Tem algumas coisas aqui, realmente, diferentes. As vezes as pessoas pegam carona para aparecer um pouco, tem todas essas coisas. Estou tranquilo com a questão da pressão e do questionamento. Meu trabalho está aqui, todos elogiaram, era o Oswaldia e não sei o que e agora é motivo de críticas.

 Continuo fazendo o trabalho da mesma maneira. É que os jogadores, às vezes, não se comportam como a gente quer. O dirigente, também, as vezes é verde, amarelo", completou.

Oswaldo liderou o Santos à melhor campanha da primeira fase do Estadual, mas viu a equipe ser surpreendida na final, quando perdeu na decisão por pênaltis para a equipe do interior. A pressão aumentou devido a derrota de virada diante do Atlético-MG, no último domingo, e o empate nesta quinta.

O presidente do Santos, Odílio Rodrigues, citou a não conquista do último Paulista como uma marca negativa no trabalho do treinador, mas disse que dará tempo para o treinador "rever o que fazer".

Até a paralisação para a Copa do Mundo, o Santos enfrenta ainda o Flamengo, no dia 25, Bahia, 29, e Criciúma, 1º de junho. O clube divulgou na segunda que permanecerá em treinamento no CT Rei Pelé até 31 de maio. Depois disso, os atletas receberão folga e só retornarão as atividades, ainda sem local definido, em 15 de junho."

Terra

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