Presidente diz que pai de Neymar cometeu 'erro ético' com o Santos

Em evento, Odílio Rodrigues disse que aguarda ter acesso aos documentos para saber se o clube irá pleitear algum dinheiro, mas culpa o pai do atleta pela confusão

Presente em evento do "Movimento por um Futebol Melhor", em São Paulo, o presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, foi perguntado sobre a polêmica do caso Neymar e não aliviou para o pai do atleta, que recebeu 10 milhões de euros (R$ 33,1 milhões) de forma sigilosa ainda em 2011 para dar a preferência de compra ao Barcelona em 2014. Meses depois, o Peixe perdeu a final do Mundial de Clubes da Fifa por 4 a 0 para os catalães.

- Há um erro do ponto de vista ético. As empresas que representam o Neymar terem negociado em 2011 com o Barcelona é inaceitável - disse o santista.

Oficialmente, Neymar foi vendido por 17,1 milhões de euros (R$ 55 milhões), sendo que 55% eram do clube, 45% do grupo DIS e os 5% restantes eram da Teisa. O clube receberá ainda 2 milhões de euros (R$ 6,6 milhões) caso o atleta seja finalista do Bola de Ouro da Fifa nos próximos anos.

Há ainda valores de amistosos e preferências nas compras de Gabriel, Victor Andrade e Giva, não muito bem especificados. No total, porém, o Barcelona pagou 40 milhões de euros (R$ 132 milhões) para a empresa do pai do atleta, valor que o Peixe questiona. A DIS também pede uma fatia maior.

- Estamos às portas do Mundial e o Neymar é muito importante para o futebol brasileiro e para o Santos por tudo o que alavancou. Achamos que houve uma sucessão de erros de várias partes. Tendo acesso aos documentos vamos avaliar se temos algo a mais para pleitear - disse.

- Contratamos um escritório na Espanha, já que em Santos foi negado o nosso pedido. O juiz não deu a liminar, achando que o Santos não é parte, então recorremos, mas o Tribunal de Justiça não reformou a sentança. Só nos resta o caminho da Espanha. Vamos nos habilitar como terceiro interessado para ter acesso aos documentos - finalizou.

Lancenet