Ex-lateral-esquerdo, hoje no meio de campo, ídolo alvinegro de 38 anos treina nas férias e faz pré-temporada especial para poder voltar. Data do reotnro pode ser 27 de fevereiro
A partir de março, Léo não será apenas mais um jogador de futebol. Com contrato até o fim do Paulistão com o Santos, o ídolo da torcida alvinegra vai começar a estudar gestão esportiva para manter seus planos de ser dirigente do clube a partir de 2015. Enquanto isso, o objetivo não é nada modesto: após a saída de Montillo, ele quer ser o camisa 10 do time de Oswaldo de Oliveira.
– Vou treinar e trabalhar muito para isso. Quero mostrar para mim, para a direção e para a torcida que as lesões foram uma fatalidade. Pelo valor técnico, sei que eu poderia estar jogando hoje – afirma o ex-lateral-esquerdo, hoje meia.
No que depender de Oswaldo, Léo está bem cotado para 2014. Em janeiro, durante entrevista exclusiva ao LANCE!Net, o novo treinador disse que tem boa relação com o atleta, e que confia em sua utilidade dentro e até fora de campo.
– Nossa relação é forte e vai continuar. Ele gosta de conversar e eu também. Dentro de campo ele tem uma corrida contra o tempo, e vai ser avaliado na medida em que se fortalecer e condicionar – afirmou o técnico, nascido no Estado do Rio de Janeiro do mesmo modo que o atleta.
A expectativa do veterano de 38 anos é ficar à disposição de Oswaldo a partir desta semana, quando passará a treinar normalmente com o grupo. Léo fez uma pré-temporada especial, com treinos em dois períodos quase todos os dias, inclusive na tarde deste sábado, para mostrar que pode assumir tal responsabilidade.
– Essa rotina se faz necessária. Eu estou aqui há muito tempo, né, cara? Sei como é. A ideia é ter menos risco de lesão e jogar. Sobre o que vai acontecer depois de maio, aí eu não sei – desconversou.
BATE-BOLA
LÉO, meia do Santos, ao LANCE!Net.
O que está achando do time esse ano? É bem ofensivo, como a torcida gosta...
Encaixou muito bem essa molecada promissora com os jogadores mais experientes e um treinador que conhece bem o clube, a cidade. É o que a torcida gosta mesmo.
O que espera desse Campeonato Paulista, para o Santos e para você?
Que continue com os resultados aparecendo e o time jogando bem, para frente, e que eu consiga mostrar meu trabalho, mostrar que estou recuperado. Quem sabe conseguindo um título...
Como está sua fase final de preparação? Já sabe quando vai ter condições de jogar?
Tem sido uma rotina em dois períodos, isso se faz necessário. Tinha um problema de menisco e precisava reforçar a musculatura para resistir. Por isso demorei um tempo a mais, para ter menos risco de lesão, menos risco de bater em campo e voltar. A preparação é maior para que eu possa suportar as dificuldades. Acho que semana que vem já tenho condições de treinar, mas quero jogar após o fim de semana
O Oswaldo disse que conversa muito com você... como é sua relação com o treinador?
Muito boa. Ele é um treinador que escuta o que o atleta fala. Ele implanta o que o atleta fala mais o que ele pensa, e sabe tirar do jogador o melhor. Isso facilita, dá confiança ao trabalho por parte do grupo. Nossa relação é boa, sadia, tranquila, isso é o essencial.
Ele também disse que dá para te comparar com o Seedorf, pelo tratamento com o grupo. Concorda?
Concordo. Conheço o clube muito bem, conheço os meninos que estão subindo, os que já estavam, conheço o torcedor e fico feliz pela comparação. Estou aqui há muito tempo, né, cara? Eu sei o que o menino teme, o que gosta de fazer, e vou procurar associar meu desempenho dentro de campo com fora dele.
Dentro de campo, dá para ser o camisa 10 do time?
Eu vou treinar e trabalhar muito para isso. Se não for tiular, que quando entre eu possa dar conta do recado. Contra o São Paulo, no Brasileirão, fiz gol, contra a Portuguesa arrebentei o menisco e continuei... Pelo valor técnico eu poderia estar jogando hoje. Mas para isso quero me preparar bem. Quero mostrar para mim e para a direção que tenho condição, que o que aconteceu nas lesões foi fatalidade.
E o que vai fazer depois de 31 de maio de 2014?
Essa semana vou ter que ir para São Paulo conversar com os professores do curso de gestão que vou fazer. Como tenho concentração e jogos não vou ter uma presença muito ativa, mas vou tentar frequentar a partir de março. Depois do Paulistão ainda não sei se vou permanecer mais. Não posso pensar nisso se não entrei em campo ainda, é difícil de falar. Preciso jogar. De qualquer forma, estou me preparando para ficar à disposição.
Lancenet
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