Jogadores como Gustavo Henrique e Alan Santos vieram de outras equipes, enquanto outros, como Geuvânio, foram emprestados antes de brilharem com a camisa do Peixe
"Não nos contentamos em apenas jogar futebol. Aqui no Santos, nós fazemos a história". É com essa frase que o Santos encerra o manifesto de uma campanha institucional de exaltação às suas categorias de base lançada semana passada. Atual bicampeão da Copa São Paulo de Juniores e com três jovens no time titular para terça-feira, quando enfrenta o Comercial na Vila Belmiro, o Peixe se orgulha de dar chances aos garotos. E diz fazer o possível para que eles se firmem.
– Não adianta subir e não jogar. Aqui no Santos, os jogadores podem voltar para base, ser emprestados, rodar. Eles são maduros porque conversamos bastante e eles incorporam o pensamento de que, se mostrarem futebol, vão ter oportunidade – explica, ao LANCE!Net, Hugo D'Elia, gerente da base do Santos.
A maturidade dos Meninos da Vila se deve a uma série de motivos. Em primeiro lugar, boa parte deles não foi exatamente formada no Santos, tendo chegado para a base, mas de clubes e experiências anteriores. Os exemplos são vários: Gustavo Henrique, Alan Santos e Giva vieram do Vitória; Stéfano Yuri, do Uberlândia; Léo Cittadini, do Guarani; Leandrinho, do Rio Claro; Jubal, do Vila Nova; Serginho, do São Paulo...
Há, no clube, um departamento que recebe lances e indicações de jogadores por e-mail. Profissionais avaliam as imagens e, às vezes, chamam garotos de 11 a 20 anos para testes. Além disso, há as franquias da escola Meninos da Vila espalhadas pelo país. Tudo na ideia de captar talentos e lapidá-los na Baixada.
Já os garotos que deram os primeiros chutes no Peixe também sobem com experiência acumulada, pois passaram por etapas de formação, com empréstimos e retornos à base. São poucos os exemplos de atletas como Gabriel ou Neilton, que subiram e se firmaram de imediato.
– A gente prepara aos poucos, para quando chegar a chance eles estarem prontos para segurar. A torcida pede... – reconhece o dirigente.
COM A PALAVRA:
Hugo D’Elia, gerente das categorias de base do Santos, ao LANCE!Net:
"Temos jogadores que tiveram propostas de outros clubes e quiseram ficar porque o trabalho da base do Santos é bom e o profissional é valorizado. O Santos enxerga a base como um meio de promover atletas, e ter atletas não tendo a necessidade de compra. É um processo que o clube desenvolveu, e quanto mais promover mais jogadores, mais deles vão querer atuar no Santos. Eles querem vir porque sabem que vão ter oportunidades. E a torcida pede por eles. Na época do Muricy, a torcida pedia para ele olhar a base com atenção.
A gente faz todo um acompanhamento dos jogadores. Quando eles estão com a gente, oferecemos psicóloga, assistente social e a gente conversa muito com os meninos. O Diego Cardoso, por exemplo, a gente conversou bastante, porque ele tem muito potencial e o próprio presidente perguntava muito dele. A gente vai preparando eles aos poucos, para quando chegar a oportunidade eles estarem prontos para segurar. Agora, com o Oswaldo e o Zinho, ficou ainda mais fácil, deu um salto muito grande".
Lancenet
Um comentário:
A única coisa boa que vejo no Oswaldo é que com ele todos jogam e ficam no ritmo da competição. Abraço a todos os santistas.
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