terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Santos investiga se Laor autorizou negociação de Neymar em 2011

Um dos participantes da negociação que colocou Neymar no Barcelona declarou ao blog, sob a condição de anonimato, que em 2011 o pai do jogador recebeu autorização por escrito de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro para negociar com o Barça. A atual cúpula santista trabalha com a mesma informação desde 2013 e passou a tentar descobrir se o documento existe. Até agora nada conseguiu.

Se Laor, como é conhecido o presidente licenciado, deu a autorização, o Barça não pode ser denunciado na Fifa pelo Santos por assédio a Neymar entre 2011 e 2012.

“Já foi perguntado para ele [Laor] se assinou a carta. Ele não falou nada, disse que não se lembra. Vamos ver se nos próximos dias a memória dele fica boa porque é boa para falar em voltar à presidência [antes de a licença terminar, em agosto]”, afirmou ao blog José Paulo Fernandes, membro do Comitê de Gestão do Santos.

O blog não conseguiu localizar o presidente licenciado para falar sobre o assunto.

A esperança do comitê é de que as autoridades espanholas consigam esclarecer se a carta existe. Ou que o pai de Neymar explique a situação numa entrevista coletiva.

Pela versão do Barcelona, Neymar já tinha um compromisso com o clube espanhol quando disputou a final do Mundial contra o Barça.

O comitê também aguarda mais informações da investigação em Barcelona para marcar uma reunião do Conselho Deliberativo a fim de discutir os novos fatos relativos à transferência do atacante. E também para decidir se é o caso de ir à Justiça reivindicar uma parte dos 40 milhões de euros recebidos pela empresa dos pais de Neymar por, segundo o Barcelona, ter o direito de definir onde o jogador atuaria, apesar de não ter a totalidade dos direitos econômicos e de não controlar os direitos federativos..

“Dependendo do que chegar da Espanha, podemos entrar com uma ação junto com a DIS e a Teisa [empresa que tem a participação de conselheiros] para cobrar algo que seja devido aos que eram donos dos direitos econômicos do jogador”, declarou Fernandes.

“Mas acho que o pai do Neymar não seria bobo de receber pelos direitos econômicos”, completou o cartola.

Uol Esporte

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