Argentino, que tem chamado mais atenção pela irreverência do que pela bola, será titular contra o Figueirense. Hora de começar a brilhar no Peixe e deixar de ser promessa
Promessa do futebol argentino, Patito Rodríguez chegou ao Santos sob expectativa. Na estreia, demorou só dez minutos para marcar um gol e foi o destaque do empate com o Atlético-GO. Três meses depois, ainda sem engrenar no clube, o jovem de 22 anos tem neste sábado, contra o Figueirense, às 19h30, na Vila, a chance de provar que pode ser o que se imaginava.
- Acho que ele sentiu um pouco o tamanho do Santos, a pressão, essas coisas. Mas não podemos desistir. Se eu não confiasse, não colocaria para jogar - disse Muricy Ramalho, apostando no meia-atacante.
O técnico tem certeza de que as dificuldades encontradas por Patito não são causadas pelo processo de adaptação ao Brasil. Pelo contrário. Fã de Neymar, o jogador se aproximou da Joia e se enturmou rapidamente, mostrando até um certo deslumbramento.
Entre os torcedores, uma das maiores reclamações é de que o argentino se preocupa mais com a coreografia das dancinhas que ensaia com os colegas ou com as fotos que posta nas redes sociais do que com a bola.
Outro fator bastante comentado é o posicionamento em campo. No Independiente-ARG, Patito ganhou a camisa 10 e o carinho da torcida graças aos dribles desconcertantes que aplicava pelo lado esquerdo do ataque. No Peixe, esse espaço é ocupado por Neymar.
Forçado a jogar pelo lado direito, Rodríguez sempre encontra dificuldades. Seus melhores lampejos aconteceram justamente quando jogou pela esquerda, sem Neymar.
Artilheiro, ele definitivamente não é: foram só dez gols em 114 jogos por sua ex-equipe. No Brasil, a média também é baixa: um gol em 19 partidas, sendo 13 como titular.
- O ambiente é ótimo, a turma gosta dele, os argentinos são bem aceitos. É questão de tempo - opina Muricy, ciente de que o contrato do argentino vai até 2016. Há tempo de sobra para brilhar. Mas é hora de brincar menos e jogar mais.
Patito quer ser Neymar?
Camisa 11
Como chegou ao Santos quando Neymar estava na Seleção, o argentino disse que gostaria de usar a camisa 11. Mas sua documentação demorou a chegar e ele não teve chance de ser titular na ausência do craque.
Dancinhas
Patito logo se juntou ao grupo de dançarinos do Peixe. Contagiado pelos colegas, tomou gosto por funk e pagode e se divertia nas comemorações de gol. Neymar é o chefe desta turma.
Redes sociais
Assim como a Joia, Patito costuma divulgar seus passos aos fãs. Nas viagens, é normal vê-lo postar fotos ao lado dos colegas. Enquanto assistia a um jogo do qual não participou, contou que estava tomando limonada.
Lancepress
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