quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Preparador vê Ganso e Neymar em condições de jogar, mas não 100%

Ricardo Rosa diz que meia está pronto fisicamente, mas sem ritmo, enquanto atacante pode compensar o cansaço com qualidade tática

A maior expectativa da torcida do Santos para a partida contra o Figueirense, nesta quinta-feira, às 21h, no Estádio Orlando Scarpelli, pela 17ª rodada do Brasileirão, gira em torno de dois nomes: Neymar e Paulo Henrique Ganso. Depois de mais de um mês sem ver a dupla com a camisa do Peixe (o último jogo deles foi no dia 8 de julho, contra o Grêmio, pela oitava rodada), os fanáticos provavelmente poderão apreciar o futebol da dupla novamente com a camisa alvinegra.
 
Pelo menos é isso que o técnico Muricy Ramalho pretende. De acordo com o preparador físico Ricardo Rosa, os dois têm mesmo condições de jogar, mesmo que ainda não rendendo 100% do que podem. O craque de moicano pelo eventual cansaço e o camisa 10 pela falta de ritmo.

Os casos dos dois amigos são diferentes. Se o plano santista der certo, Neymar sairá em um jatinho fretado de Estocolmo, onde a Seleção enfrenta a Suécia, em jogo amistoso nesta quarta-feira, direto para Florianópolis, onde chegará já na madrugada de quinta. A diretoria chegou a argumentar com o astro da Vila sobre o cansaço que a maratona vai lhe impor, mas o atleta pediu para entrar em campo. Além da motivação por ajudar o Peixe, o camisa 11 quer jogar o mais rápido possível para esquecer o quanto antes a derrota na final das Olimpíadas, para o México, que rendeu ao Brasil a medalha de prata em Londres.

Apesar de todo o desgaste que o atacante terá, Ricardo Rosa ressalta: Neymar é um fenômeno não só com a bola nos pés, mas também na parte física. Por isso, quando se trata do jogador, de acordo com ele, tudo é possível. Ainda assim, não há como exigir do garoto tudo que ele poderia dar em condições normais.

- Falar que ele estará 100% fisicamente é um exagero. Com certeza não vai estar. Mas acima do aspecto físico, que é importante mas não é a essência do jogo, no futebol prevalecem a parte tática e a qualidade técnica do jogador. Tudo isso forma o rendimento esportivo. Ele já tem entrosamento com o time, é acima da média e taticamente se encaixa. Concordo com o Muricy, pois pelo que conhecemos do Neymar, a chance de ele jogar é muito grande. Tudo leva a crer que vai participar, mas ainda precisamos ouvir o jogador - explicou o preparador físico.

Ricardo Rosa cita que a intensidade com que o amistoso da Seleção será disputado, além do tempo que o craque ficará em campo (provavelmente será titular), também influenciarão no nível de desgaste físico.

Já o caso de Paulo Henrique Ganso é justamente o oposto. Se Neymar vem de uma maratona de jogos, o meia sente a falta de ritmo. Isso porque durante os Jogos de Londres ele atuou apenas durante 44 minutos, e depois foi desconvocado por Mano Menezes do amistoso contra a Suécia. Antes disso, o atleta havia sentido uma lesão muscular na coxa esquerda, mas não chegou a ser cortado.

Na chegada ao Brasil, Ganso se disse em condições de ajudar o Peixe. Nesta terça-feira, o atleta treinou normalmente e, segundo Ricardo Rosa, reagiu bem às atividades, sem reclamar de dores. Se depender do meia, ele estará em campo.

- Ele teve um edema na Seleção, mas depois voltou e treinou normal. Depende da reação dele aos treinamentos, mas ele vai ficar à disposição do Muricy, e veremos o quanto pode suportar. É óbvio que como jogou pouco na Seleção, vai sentir falta de ritmo no jogo. Precisa readquirir. Logicamente não deve estar no melhor da sua forma, mas está preparado para jogar - completou Ricardo Rosa.

Ainda que os craques não estejam 100%, seja por cansaço ou falta de ritmo de jogo, tudo indica que a torcida do Santos poderá revê-los em campo contra o Figueirense. Dependerá de Muricy.

Globoesporte.com

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