Talento da Joia não tem decidido sozinho para o Peixe, que conta com o brilho do camisa 10 para reencontrar as vitórias
É difícil ganhar destaque em um time com Neymar, melhor jogador do Brasil. Mas se tem no Santos alguém capaz de fazê-lo é o camisa 10 do Peixe: Ganso. Ofuscado pelo futebol da Joia, o “maestro” não tem reeditado as boas atuações de outrora. Por isso, chegou a hora de brilhar.
Prova de que o Alvinegro também precisa do talento de Ganso é a participação do meia nos títulos do Paulistão e da Libertadores. Nos momentos decisivos das duas competições, o futebol dele apareceu (veja abaixo).
Nas duas últimas derrotas para Flamengo e Atlético-PR, só a boa atuação de Neymar não foi suficiente. É hora, então, de Ganso ajudá-lo a partir desta quarta-feira, contra o Vasco, às 21h50, em São Januário, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!.
Um dos grandes destaques do adversário carioca, aliás, respeita muito o futebol do camisa 10 e faz elogios ao estilo raro de atuar do craque santista.
– O “maestro” está em extinção no futebol de hoje. O Alex, que poderia fazer isso e tem essas características, está na Turquia. Da nova geração, o Ganso é um fora de série, de muita qualidade. É o que mais se aproxima do estilo “maestro”. Talvez o único. Difícil ter jogador para cadenciar o jogo, o que considero ser muito necessário em uma equipe. E o Ganso faz isso muito bem – analisa Felipe.
Nos dois jogos realizados no Brasileirão, Ganso não deu nenhuma assistência, sua principal qualidade. Coincidentemente ou não, o Santos foi derrotado nas duas partidas. Antes, o camisa 10 teve participação apenas discreta com a Seleção na Copa América da Argentina. Mesmo sem muito brilho, ainda deu três assistências em quatro jogos na competição, mas não evitou a eliminação do Brasil diante do Paraguai, nos pênaltis, nas quartas de final.
Já no primeiro semestre do ano, porém, o “maestro” fez a diferença. E justamente quando o Peixe mais precisava. Após se recuperar da lesão no joelho esquerdo, o meia desequilibrou na vitória por 2 a 1 contra o Cerro Porteño (PAR), fora de casa. Partida em que Ganso não teve a ajuda de Neymar, Elano e Zé Eduardo, suspensos, e marcou o renascimento do Peixe na Libertadores.
Depois de passar por um período sem boas atuações, é a hora do camisa 10 voltar a brilhar. Nesta quarta contra o Vasco, ele terá mais uma chance de fazer a diferença e não ter seu futebol ofuscado pelo da Joia. Afinal, o Santos precisa do seu “maestro”.
"Maestro" decisivo no Paulistão e na Libertadores
Santos 2 x 1 Botafogo–SP
Após sete meses de recuperação da lesão de ligamento no joelho esquerdo, Ganso fez reestreia de gala. O meia entrou no intervalo e, no primeiro toque na bola, participou da jogada do primeiro gol, de Elano. Depois, deixou a sua marca e definiu a vitória do Alvinegro, na Vila Belmiro, na primeira fase do Paulistão.
São Paulo 0 x 2 Santos
Na semifinal do Paulistão, Ganso brilhou ao lado de Neymar, em pleno Morumbi. O meia deu assistência para Elano fazer o primeiro e marcou o segundo gol da vitória sobre o São Paulo. Além disso, cadenciou a partida quando necessário e ditou o ritmo do jogo, principalmente no segundo tempo.
Cerro Porteño 1 x 2 Santos
Sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, suspensos, o Santos não podia sequer empatar com o time paraguaio fora de casa para seguir vivo na Libertadores, ainda na primeira fase. Comandando o Peixe e com uma assistência para o segundo gol santista, o de Maikon Leite, Ganso foi fundamental para a vitória. A partida ficou marcada como um divisor de águas para o Alvinegro na competição.
Santos 1 x 0 América (MEX)
Na partida de ida das oitavas de final da Libertadores, o Santos não fazia boa partida na Vila Belmiro e precisava da vitória. Ganso recebeu passe de Neymar na entrada da área e finalizou cruzado para fazer o gol da vitória santista. A bola na rede classificaria o time às quartas, já que o segundo jogo não saiu do zero.
Santos 2 x 1 Peñarol (URU)
Após ficar um mês fora, Ganso se recuperou de lesão muscular e voltou na finalíssima da Libertadores, no Pacaembu. No jogo do tri, ele brilhou novamente. Deu passe de letra para Arouca, na jogada que resultou no primeiro gol do Peixe, de Neymar. Durante a partida, também deu bons passes para outros santistas e criou jogadas de perigo.
Lancepress
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