terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

No embalo de Neymar, Santos inicia Libertadores sob peso do favoritismo


Com um craque em estado de graça e um elenco de jogadores badalados, Peixe é alvo desde o primeiro jogo, nesta terça, contra o Deportivo Táchira


Os jogadores e o técnico Adilson Batista, do Santos, tentam fugir. Desconversam. Dizem que não é bem assim. Mas como não considerar favorita, mesmo de uma competição equilibrada como é a Taça Libertadores, uma equipe que tem Elano, terá Paulo Henrique Ganso (em fase final de recuperação de uma lesão no joelho esquerdo), conta com coadjuvantes inspirados como Zé Eduardo, Maikon Leite, Arouca. E, acima de tudo, tem Neymar em estado de graça?


Só a presença do craque que brilhou a serviço da Seleção Brasileira sub-20 no Pré-Olímpico do Peru já aumenta o status da equipe santista. E é no embalo do prodígio da camisa 11, com toda a responsabilidade de ser “o time a ser batido”, o único paulista na competição mais cobiçada do continente, que o Santos estreia nesta terça-feira, contra o Deportivo Táchira-VEN, às 22h45m (horário de Brasília, 20h15m no horário local), no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, cidade a 840 km de Caracas, a capital venezuelana. É o jogo de abertura do Grupo 5, que tem ainda Colo Colo-CHI e Cerro Porteño-PAR.


É a 11ª participação do Santos na Libertadores. Com Pelé em campo, o time venceu as duas primeiras, 1962 e 63. Depois, participou das edições de 64, 65, 84, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008. Para 2011, a expectativa é grande, pois as grandes atuações de 2010, com os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil, ainda estão frescas na memória do torcedor.


Adilson Batista sabe o peso que o favoritismo traz. Reconhece também que sua equipe já está sendo dissecada pelos adversários. Por isso, faz jogo duro. Esconde a escalação, evita comentários sobre formação tática. Só não consegue fugir do que parece óbvio: Neymar, mesmo cansado da longa maratona (ele está concentrado desde o dia 26 de dezembro, quando se apresentou à Seleção) joga.


- A responsabilidade existe, mas eu estou preparado, tranquilo. Não me importo em ser "o cara" da competição. Quero é que o Santos seja campeão - afirma o garoto, que, apesar de 19 anos, lida bem com o tamanho de sua importância para o time.


Adilson só divulgará a escalação no estádio, momentos antes da partida. A principal dúvida é a seguinte: quem será o parceiro da estrela da companhia no ataque? Zé Eduardo, Diogo, Keirrison e Maikon Leite são os concorrentes. Os três primeiros brigam cabeça a cabeça pelo posto.


Maikon deverá ficar como opção de velocidade para o segundo tempo. O Santos começa a competição sem poder contar com o lateral-direito Jonathan, o volante Charles e o meia Paulo Hernique Ganso, que estão machucados. Na vaga de Charles, atua Rodrigo Possebon. Danilo, que voltou da Seleção sub-20, é o favorito para o lugar de Jonathan. Já Róbson deve substituir Ganso.


Táchira vê Santos vulnerável


No Táchira, o clima é de respeito, mas sem medo. Pelo contrário. O técnico Jorge Luis Pinto diz que o time alvinegro apresenta pontos fracos e que seu time vai procurar explorá-los.
- Atacando, são perigosos, mas defendendo, são vulneráveis. Não é um time invencível. O segredo é tirar a bola deles - afirmou o treinador.


Os principais destaques da equipe venezuelana são importados. O meia Hernández e o atacante Herrera são colombianos. Já o atacante Gutiérrez é chileno. Este porém, não deverá jogar, pois está machucado. Em seu lugar jogará Pérez Greco.


O Táchira ocupa a quinta posição do campeonato local.


Globoesporte.com

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