Ala passeia pelo museu do Santos e relembra a final de Libertadores que disputou pelo Peixe. Ele diz que time de 2011 está mais bem preparado
O lateral-esquerdo Léo é um dos jogadores mais vitoriosos da história recente do Santos. Conquistou dois Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004), um Paulistão e uma Copa do Brasil (ambos em 2010). Mas ele não está satisfeito. Ainda falta. A Taça Libertadores, que esteve tão perto em 2003, não veio. A derrota para o Boca Juniors na final permanece entalada.
Agora, o ala terá a chance de acabar com essa espera. Ele e Elano são os únicos jogadores do atual elenco que já disputaram Libertadores pelo Santos. Ambos estarão em campo mais uma vez tentando reabrir o caminho da América ao time da Vila Belmiro. O Peixe estreia terça-feira, às 22h45m (horário de Brasília), contra o Deportivo Táchira-VEN, em San Cristóbal, Venezuela.
- É o titulo que falta. Chegou a hora de tentarmos mais uma vez. Estivemos perto em 2003, mas não deu. Agora, tem de dar - afirmou o jogador, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no Memorial das Conquistas do Peixe, que funciona na Vila Belmiro.
No passeio pelo museu alvinegro, Léo parou ao lado da tão cobiçada taça. O Peixe a conquistou duas vezes, em 1962 e 1963. Por isso, há uma réplica no local.
- Olha ela ali. Não é fácil levantar essa taça. Tem de lutar muito, ser malandro, guerreiro, mas, acima de tudo, jogar futebol. Acho que nosso grupo tem capacidade para tudo isso. Claro que vai ser duro, mas vejo o Santos com condições - disse o jogador, de 35 anos.
Léo acredita que o time de 2011 está mais preparado para conquistar a Taça Libertadores do que a equipe de 2003. Ele explica que, naquela época, a equipe tinha muita qualidade, jogadores como Robinho, Diego, Renato, Elano. Só que eram todos garotos, a maioria sem a menor experiência internacional.
Agora, é diferente. O Peixe conta com jogadores como o próprio Léo, Edu Dracena, Jonathan, Arouca, Elano, que voltou ao clube após seis temporadas na Europa. Todos esses já disputaram a competição continental. E até mesmo os garotos já possuem alguma bagagem. Neymar, por exemplo, se junta ao grupo santista neste domingo, após brilhar no Pré-Olímpico com a Seleção Brasileira.
- (Em 2003) tínhamos uma equipe maravilhosa tecnicamente, mas o Boca venceu a gente na malandragem. Eles fecharam bem os espaços, fizeram gols e ficaram tocando a bola. A gente jogou indo para cima, tentando agredir o tempo todo e acabamos nos expondo.
Jogamos lá (La Bombonera) como se estivéssemos na Vila Belmiro. Faltou ao nosso time alguém mais experiente para acalmar o jogo, colocar a bola no chão, manter a posse. Agora, temos jogadores de sobra com essas características.Após semi, santistas queriam Boca na final
O Santos foi engolido pelo Boca Juniors de Carlitos Tevez em 2003. Perdeu os dois jogos: 2 a 0, em Buenos Aires; 3 a 1, no Morumbi. E pensar que, logo após se qualificarem à final, passando pelo Independiente de Medellín-COL, os santistas torceram para pegar os argentinos na decisão. O Peixe havia acabado de vencer o time colombiano e estava no hotel, em Medellín, assistindo à outra semifinal, entre Boca e América de Cali-COL.
Se desse América, os santistas teriam de ficar mais uma semana na Colômbia, pois não valeria a pena voltar a Santos para, uma semana depois, disputar o primeiro jogo da decisão em Cali. Se desse Boca, eles poderiam voltar para casa e se preparar para a decisão no CT Rei Pelé, antes de viajar para Buenos Aires. "Muito melhor pegar o Boca", pensaram.
- Pois é. A gente teve isso mesmo (risos). Só que aí deu no que deu. Talvez fosse melhor ter ficado mais um pouco lá na Colômbia.
Curiosamente, o Santos estreou em 2003 exatamente contra o América de Cáli, na Colômbia. E atropelou. Fez 5 a 1, de virada. Gols de Léo, Alex, Ricardo Oliveira (2) e Diego.
Globoesporte.com
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