Treinador sabe que se o Santos não vencer o Cerro Porteño, sua situação vai ficar complicada. Por isso, espera apoio e lembra gesto que fez no Cruzeiro
O técnico Adilson Batista, do Santos, sabe que a torcida não aprova o seu trabalho e percebe que uma derrota para o Cerro Porteño, na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro, pela Taça Libertadores, poderá lhe custar o cargo.
O time está sem vencer há três rodadas. Empatou em 0 a 0 com o Deportivo Táchira-VEN, no último dia 15, perdeu para o Corinthians, por 3 a 1, domingo passado, e empatou em casa com o São Bernardo, 1 a 1, neste sábado
Em todos esses jogos, um ponto em comum: o time foi burocrático, sem um pingo de criatividade, nervoso em alguns momentos. E quando o resultado não vem, acaba sobrando para o técnico. Para Adilson, nenhuma surpresa. Ao ser questionado sobre se já cogita a possibilidade de ser demitido na quarta, em caso de resultado negativo, o treinador foi claro.
- Eu tenho consciência de que futebol é resultado. Sei dessa importância. Vamos esperar o jogo, ver o que vai acontecer, analisar tudo. Não vamos ter pressa nessa situação - afirmou o treinador, que durante toda a coletiva foi observado pelo diretor de futebol do clube, Pedro Luis Nunes Conceição, que deixou a sala sem conceder entrevista.
O treinador reconhece que o time não está bem. Vem cometendo muitos erros. Por isso, entende os questionados dos torcedores. Após a derrota para o Corinthians, no Pacaembu, e neste sábado, diante do empate com o São Bernardo, ele foi vaiado e xingado de “burro”. No entanto, explica que perdeu dois jogadores em cima da hora (Arouca e Diogo treinaram durante a semana, mas foram vetados pelos médicos) e, por isso, teve de fazer mudanças inesperadas. Arouca sentiu uma lesão na coxa direita e Diogo está gripado.
- Eu entendo perfeitamente. Também estou machucado como eles. Eu tenho a intenção de ganhar, trabalho para isso. Agora, nós trabalhamos a semana toda com o Arouca e o Diogo. Aí perdemos os jogadores, sou obrigado a mudar. Não é desculpa, mas são coisas que precisam ser analisadas - comentou o técnico.
Por fim, o treinador pede uma trégua à torcida. Uma última chance, talvez. Espera que os torcedores deem um tempo nas críticas a apoiem o time contra o Cerro Porteño. Até prometeu repetir um gesto que ficou famoso quando ele atuava no Cruzeiro. Num jogo do Brasileirão 2009, contra o Santo André, ele ficou tão entusiasmado com o gol de Tiago Ribeiro que garantiu a vitória da Raposa, de virada, num jogo em que também era xingado por torcedores, que partiu em direção de uma placa de publicidade e deu uma voadora.
- Também estou triste e quero acertar, mas não foi possível hoje (neste sábado). Vamos ter calma. Daqui a pouco, eu dou uma voadora na placa e eles (torcedores) vão ficar loucos.
Lancepress
Um comentário:
Parabéns pelo seu Blog, bem legal...
da uma passada la no meu http://www.diborsato.blogspot.com
Abraço
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